A eleição deste ano é marcada pela polarização política entre os candidatos Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Esse cenário reflete nas relações familiares de muitos brasileiros, incluindo alguns famosos.
Pais e filhos, como o sertanejo Leonardo e o influenciador João Guilherme, ou irmãos, como os atores Bruno e Thiago Gagliasso, nem sempre possuem a mesma opinião política, nem o mesmo candidato. Neste ano, eles se dividiram entre Lula e Bolsonaro na disputa presidencial.
Além deles, Zezé di Camargo e Wanessa, Nana e Alice Caymmi, além de Regina e Gabriela Duarte, são outros exemplos de famosos que escolheram lados opostos nas eleições.
Confira:
Leonardo e João Guilherme
No sábado, às vésperas da eleição presidencial, João Guilherme declarou apoio a Lula (PT). Em vídeo compartilhado no TikTok, ele apareceu dançando ao fazer o L com os dedos e com um boné com uma estrela simbolizando o PT.
“Amanhã é dia de fazer a diferença. Cada um pode ter sua opinião, mas não significa que não é uma BOSTA. Fogo nos racistas e p*u no c* do Bolsonaro”, escreveu o jovem na publicação.
A posição do influenciador diverge da do pai, o cantor Leonardo, e do irmão Zé Felipe. Anteriormente, eles já haviam declarado apoio a Bolsonaro (PL). Em 2018, inclusive, eles cantaram um jingle do então candidato em um vídeo que voltou a circular nas redes sociais em 2022.
Zezé di Camargo e Wanessa
Em meio a declarações de voto dos famosos, Wanessa Camargo usou as redes sociais para postar uma foto de vermelho, fazer o L com o braço e declarar apoio a Lula. Assim como João Guilherme, a cantora tem candidato diferente ao pai na eleição deste ano.
A equipe de Zezé di Camargo disse ao colunista de Splash Lucas Pasin que o sertanejo não fala mais de política em 2022, mas ele já havia apoiado Bolsonaro em outras oportunidades. Zezé declarou voto em Bolsonaro em 2018 e furou o isolamento social em 2020 para participar de um almoço com o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Vale lembrar ainda que, em 2014, os dois participaram juntos da campanha de Aécio Neves, candidato do PSDB derrotado por Dilma Rousseff (PT). Zezé, por sua vez, apoiou Lula em 2002, ano em que o petista se tornou presidente pela primeira vez.
Thiago e Bruno Gagliasso
É público que os irmãos Gagliasso divergem politicamente e não se falam há anos. Thiago apoia o presidente Jair Bolsonaro desde a eleição de 2018 e já trabalhou em uma secretaria do governo, enquanto Bruno é um dos atores que formam uma “linha de frente” contra ele em entrevistas e redes sociais.
No sábado, os irmãos reforçaram que estão de lados opostos na história. “Amanhã é a esperança contra o medo. A verdade contra a mentira. A democracia contra o autoritarismo. É o Brasil contra Bolsonaro. Vamos de 13. Vamos com Lula presidente do Brasil”, escreveu Bruno.
Já Thiago compartilhou um vídeo de Bolsonaro apoiando a sua candidatura a uma vaga de deputado estadual pelo Rio de Janeiro — ele se elegeu deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PL. Ontem, no dia da eleição, o ex-Fazenda voltou a postar uma foto ao lado do presidente e do deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ).
Nana Caymmi e Alice Caymmi
A cantora Nana Caymmi e a sobrinha Alice, neta de Dorival Caymmi, também divergem publicamente. Isso porque Nana já declarou apoio a Bolsonaro e criticou Lula, a quem chamou de “comunista” no passado, enquanto Alice declarou voto no petista este ano por meio das redes sociais.
“Só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar. Agora vêm dizer que os militares vão tomar conta? Isso é conversa de comunista. Gil, Caetano, Chico Buarque. Tudo chupador de pau de Lula”, disse Nana à Folha de S. Paulo em 2019.
Ontem, Antonia Fontenelle compartilhou um registro ao lado de Nana ao encontrá-la em uma zona eleitoral no Rio de Janeiro. A cantora, chamada de “patriota” pela apresentadora, teria dito “palavras bonitas” a Antonia, que foi candidata a deputada federal pelo Republicanos, mas não se elegeu.
Regina Duarte e Gabriela Duarte
Regina Duarte já participou do governo Bolsonaro como secretária especial de Cultura em 2020. Atualmente, ela apoia a reeleição do presidente e afirmou recentemente que as críticas a ele são fruto de “uma completa ignorância”. Mas sua filha, a atriz Gabriela Duarte, não vota em Bolsonaro.
Em 2021, ela revelou que votaria em Ciro Gomes (PDT). Diferente de outros famosos, ela não se pronunciou sobre o voto na última semana, apenas publicou que “temos um grande poder: a escolha… Ela nos tira e nos coloca onde quisermos”. Ela ainda incentivou que os fãs escolhessem com atenção os candidatos ao Congresso.