Com um saldo zerado das urnas no Acre, o Partido dos Trabalhadores vive, talvez, o seu pior momento. Não elegeram deputado estadual, nem federal, nem senador, nem governador, mas ainda existe a última esperança: a presidência.
No Acre, a expectativa de Lula eleito vai além de 4 anos de gestão: representa o futuro da legenda no Acre, que perde sobrevida a cada eleição. Com a eleição do presidente, além de Jorge Viana ministro – um sonho dele e de muitos petistas – as repartições federais no Acre passam para o comando desse bloco.
Mas a pergunta que não quer calar é: e se não for eleito? A legenda tem um plano B?
Reunião de família
Derrotado nas urnas, o PT deveria fazer uma grande reunião de família, anotar todos os erros num papel e repetir esses erros por dois anos, que é quando acontecem as próximas eleições.
De todos o maior
De todos os erros do partido, o maior deles foi, mesmo fazendo parte de uma federação, não conseguir fazer chapa que mantivesse Daniel Zen na Aleac. O deputado é hoje o político com mandato que melhor representa o partido.
Câmara
O partido também perdeu uma vaga na Câmara, a de Leo de Brito. A federação também não conseguiu projetar Perpétua (PCdoB-AC) à reeleição.
Não é difícil
Uma retomada desse bloco não é difícil. Basta muita humildade. Os 29,26% que votam em Lula no Acre elegeriam deputados estaduais e federais. É uma bagatela de 129 mil votos.
Sarapatel
Mas para pensar em eleições próximas, o partido tem muita coisa a resolver dentro de casa. A começar pelos prefeitos que não apoiaram o projeto. O PT mais parece um sarapatel, o que é ruim e bom ao mesmo tempo – há quem goste do prato típico.
Sujeiras
É o termo usado por Marcelo Bimbi para definir o que o Podemos fez no Acre. Ele afirma que vai recorrer à Polícia Federal.
Não é o único
Nos bastidores, pipocam muitas informações sobre esse partido. Tem gente que garante que Bimbi não é o único insatisfeito. Mas se será o único a colocar a boca no trombone, aí só o tempo dirá.
Respira política
É presidência da Aleac, Câmara, é Sebrae, é Fieac, é prefeitura: a política no Acre nunca acaba e nem fica pouca! O estado respira política.
Maria Antônia
Por falar em presidência da Aleac, mais uma postulante: a deputada Maria Antônia. Se lançou por um site local. Se dependesse do seu desempenho nas urnas, o passaporte rumo à presidência já estava carimbado.
Primeira-dama
Nos bastidores, foi um tremendo pega-pra-capar na corrida para quem estaria à frente do movimento que traz Michelle Bolsonaro, primeira-dama, ao Acre. No final, vemos que, naturalmente, algumas pessoas são creditadas como as que abrilhantam o evento.