Maioria
O governador reeleito Gladson Cameli (PP), formou maioria absoluta na nova composição da Aleac, que inicia o mandato em fevereiro de 2023. Mas isso não quer dizer que ele terá vida fácil na Casa, pelo menos se depender do provável único deputado de oposição à partir do ano que vem, Edvaldo Magalhães (PCdoB).
Potencial
Digo que Edvaldo é o “provável” único deputado de oposição porque mesmo os deputados eleitos por partidos que disputaram o Governo contra Gladson, como o MDB e o PSD, que elegeram dois deputados cada, tem ‘potencial’ de ir para a base. São partidos que já estiveram com Gladson e não devem demorar muito para retornarem para a base governista.
Excessão
A excessão talvez fique por conta de Emerson Jarude (MDB), que pode ter uma atuação parecida com a de Roberto Duarte (Republicanos), que só não continua na Aleac no ano que vem porque se elegeu deputado federal. Duarte, que legislou quase o mandato inteiro pelo MDB, mesmo partido de Jarude, foi uma pedra no sapato do governador. Mesmo em uma partido que fazia parte da base, vez ou outra se posicionava contra o Governo e quando ia pro embate, ia com gosto de gás.
Andorinha
Se a máxima popular diz que uma andorinha só não faz verão, é preciso esperar a próxima legislatura começar pra saber se isso vai prevalecer ou não na Aleac. “O resultado das eleições me colocaram no papel que tive durante os últimos 4 anos: de ser oposição ao governo reeleito. Assim será”, disse à coluna o deputado Edvaldo Magalhães.
Tudo demais…
Mas ter maioria de deputados na base governista, pode não ser tão bom assim pra Gladson. É o que acredita Edvaldo. “O governo tem uma larga e imensa base. Como na vida, tudo demais é prejudicial”, disse.
Esperar pra ver
O deputado do PCdoB também evita fazer leituras precipitadas sobre quem vai ser da base e quem vai fazer oposição. Tudo depende de como Gladson vai contemplar ou não os deputados na composição do seu próximo mandato. “O governo, ao se compor, certamente deixará ‘órfãos’. Daí, só após esse processo, saberemos o tamanho dos que se perfilarão na base governista e quantos farão oposição. Nesse momento, falo por mim: oposição firme. Pra valer. Nos quatro anos”, finalizou.
Debate
Ontem ocorreu o primeiro debate presidencial do 2° turno entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). Realizado por um pool de veículos de comunicação, que envolveu a Band, BandNews, TV Cultura, UOL, Folha de S. Paulo e CNN, a transmissão atingiu o maior pico de audiência na TV fechada com a CNN e o segundo lugar na TV aberta com a Band, de acordo com os números do Ibope.
Análise
Para especialistas ouvidos pela CNN, houve uma espécie de ‘empate’ no debate. A cientista política Deysi Cioccari fez um bom resumo do que aconteceu no debate e seguiu a mesma linha de avaliação dos outros especialistas. “Acho que os dois candidatos tiveram bons e maus momentos. No saldo geral, acabou sendo um debate positivo”, avaliou.
Corrida
Os deputados estaduais e federais eleitos no Acre já começaram uma verdadeira corrida para montar seus gabinetes. O motivo é que profissional qualificado dando ‘sopa’ no mercado não é toda hora que aparece. E é justo agora, nesse momento de dissolução de alguns gabinetes, que esses profissionais começam a ficar livres no mercado.
Comunicação
A principal “caixinha” que tem gerado essa corrida é a da comunicação. Ter uma boa comunicação, sobretudo uma boa assessoria e uma boa mídia social, é o primeiro passo para se fazer um mandato vistoso. Mas claro, o político precisa ajudar. O mandato precisa ser relevante para aparecer com qualidade.
Prefeituráveis
Se comunicação é importante pra qualquer político de mandato, pra quem quer disputar uma prefeitura em 2024, é mais importante ainda. É preciso aparecer muito e aparecer bem, pra chegar nas próximas eleições com chances de levar.