Veja as previsões da astrologia para a eleição presidencial

O segundo turno da disputa para a Presidência da República acontece em menos de duas semanas. Com uma eleição marcada pela polarização e episódios de violência política, a expectativa pelo resultado deixa os ânimos dos eleitores de ambos os lados ainda mais acirrados.  Mas o que os astros reservam para 30 de outubro? O astrólogo Bruno Gotardo analisou o mapa astral de Jair Bolsonaro (PL) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além do mapa do Brasil e o clima astrológico do dia da votação.

Ele acredita na vitória do petista, mas vê um Bolsonaro fortalecido, apesar da derrota. O astrólogo prevê um dia de votação sóbrio, com comemorações pontuais e projeta ainda os desafios para o futuro presidente pelos próximos quatro anos, independente de quem seja o vencedor.

Antes de começar a análise dos mapas, Gotardo frisa: “Astrologia é uma linguagem, não é a causa primária das coisas.” Ele explica que embora seja comum as pessoas dizerem, não é o posicionamento dos planetas que causam os acontecimentos. “Eles só estão mostrando, cabe a nós interpretar. Um reflete o outro. Acho muito simplista tentarmos explicar o mundo por meio da astrologia. Na verdade, a astrologia é uma linguagem e cabe a nós decifrá-la, mas sem cair na pretensão de achar que tudo deriva da astrologia. Ela só reflete a realidade”, pontua.
Mapa de Bolsonaro
O astrólogo começa destacando que Bolsonaro tem um duplo Peixes, ou seja, Sol e ascendente no mesmo signo. “O arquétipo de Peixes está ligado à ideia da ilusão e do personagem. Ele é muito comum em atores e humoristas, justamente porque é um signo muito ligado ao inconsciente, ao riso, encarnar um personagem, interpretar um papel. Ou ainda, parecer uma coisa e ser outra, que é um clássico do Peixes”, comenta.
Segundo Gotardo, tradicionalmente, um político precisa ter uma casa 8 forte. Lembrando que um mapa astral é dividido em 12 casas astrológicas, em que cada uma representa uma área da vida e é regida por um dos 12 signos do zodíaco.
“A casa 8 é aquela do apoio que recebemos dos outros. Ele pode ser financeiro, emocional ou público (político).” O presidente tem o planeta Netuno nessa casa, o que significa que ele encontrou apoio por ter tocado o inconsciente das pessoas. “Ele capitaliza a revolta, a questão da segurança pública.”
O astrólogo ressalta, porém, que o Netuno nessa casa também cobra um preço. “Por ser uma figura mitológica, não é uma figura real e sim um personagem construído. Quando as pessoas se deparam com a realidade pode vir o desencantamento, a desilusão.”
A casa 8 de Bolsonaro é regida pelo signo de Libra. “O regente de Libra é a Vênus, que recebe um aspecto de Saturno. Segundo os gregos, Saturno é o grande ‘maléfico’ da astrologia e representa a dificuldade, o bloqueio, o limite. Ter um Saturno na casa 8 me faz entender que Bolsonaro chegou em um ‘teto’.”
Outro ponto levantado por Gotardo, é o fato do planeta Saturno, regente da casa 10 (público), no mapa do presidente estar iluminando a casa 12, que é a casa do inconsciente. “Um ato falho que torna público o que passa no inconsciente. E isso mina o apoio”, diz Gotardo, se referindo aos episódios recentes envolvendo a maçonaria e as meninas venezuelanas.
“Essa casa 8, no meu entender, debilita muito alguém que tinha muita facilidade de chegar no inconsciente das pessoas, mostrou o próprio inconsciente para os outros e isso levaria a um limite do apoio que ele tem”, completa.
Analisando o mapa de Bolsonaro, o astrólogo acredita que é muito improvável que o presidente se reeleja. “Não dá pra gente duvidar, principalmente pelo que aconteceu em 2018, quando ele mostrou um grande poder.”
Para Gotardo, a tendência é que aconteça no Brasil o mesmo que nos Estados Unidos. “O Trump perdeu, mas caiu atirando. Acho que dá para pensar nesse paralelo. O Lula e o Biden também têm um paralelo: políticos experientes, em final de carreira, sem grandes projetos e aspirações, mas que são capazes de derrotar uma força política visceral”, ressalta.
Mapa de Lula
O ex-presidente Lula tem ascendente no signo de Sagitário e Mercúrio no signo de Escorpião. “Isso demonstra mais malícia, esperteza. Ele tem um controle maior sobre si mesmo. O Mercúrio na casa 12 também representa conversas de bastidor e o Lula é rei nisso.”
O petista fará aniversário A três dias da votação e o astrólogo destaca Sol e Vênus no mapa de Lula. “Vênus é conhecido como o pequeno ‘benéfico’ e representa a felicidade, a alegria. Temos Sol e Vênus em cima do Sol do mapa do Lula. Isso é bastante relevante e está ligado ao triunfo e à comemoração. Bolsonaro tinha um aspecto semelhante em 2018’, lembra.
Já em 2022, o mapa do atual presidente mostra um aspecto de tristeza e derrota que está associado à Saturno e Lua. “Ele vai ficar pensando à exaustão o que poderia ter feito de diferente.”
O astrólogo aponta, contudo, um aspecto positivo. “Ele também tem um Júpiter em cima do Sol. O que pode significar que ele vai perder, mas demonstrar força. De alguma forma ele vai se sentir acolhido, embora derrotado. Ele tem ainda um Sol e Vênus na casa 8, durante as eleições, o que é um aspecto excelente e pode representar esse apoio massivo de uma parte da população.”
“Bolsonaro conseguiu formar uma ampla maioria em 2018. Mas, me parece que, nesse momento, embora eles sejam bastante numerosos, são uma minoria. O Lula teria uma maioria frágil.”
Votação apertada e contestação
Gotardo também acredita que esse aspecto pode significar também uma diferença pequena de votos entre os dois candidatos. “Em novembro, Bolsonaro estaria na casa 9, que tem relação com trâmites legais. Além disso, existem três planetas nessa casa. “Marte que representa luta, briga para defender seus ideais. Vênus está ligada aos relacionamentos, apoios. E Saturno. Isso mostra uma contestação judicial do resultado eleitoral.”
O astrólogo ressalta ainda que, em dezembro, todos os holofotes ficam voltados para Bolsonaro. “Todo mundo vai querer saber se ele vai ‘largar o osso’ ou não.” Gotardo acredita que sim, já que a casa 11(novos começos) tem o signo de Áries, o primeiro do zodíaco. “É um novo começo e com o regente de Áries na casa 9, para mim, significa uma vida nova em outro país.”
Já o terceiro mandato de Lula seria um pouco diferente dos anteriores, acredita o astrólogo. “Por causa da forte oposição bolsonarista, ele vai ficar mais recluso, mais reservado e aparecer menos publicamente, pelo menos no primeiro ano de mandato.”
Analisando o mapa astral de Lula, o astrólogo destaca também que o petista terá muita dificuldade em acabar com o orçamento secreto, caso seja eleito. “Ele pode ter um controle maior sobre o orçamento que o Bolsonaro, mas o Urano em Touro, na casa 11 (instituições) mostra um descontrole sobre o dinheiro. O Saturno na casa 8 também representa austeridade e necessidade de economizar.”
“Há uma tensão entre os dois posicionamentos, isso mostra uma queda de braço de um governo que quer ter o controle sobre suas políticas públicas, seus gastos e um Congresso que busca a autonomia financeira.” Ele acredita que o Congresso pode sair vencedor dessa batalha.
Dia da votação
A Lua vai estar em Capricórnio em 30 de outubro. “Ela não é conhecida como a Lua mais alegre, mais festiva. É mais séria, sóbria e também um pouco pessimista.” Segundo o astrólogo, em um mapa de eventos a Lua representa o povo. “As pessoas estarão céticas até o resultado sair. Acho que, de alguma forma, elas terão um certo medo de comemorar. De modo geral, será uma comemoração tímida.”
Gotardo não acredita em manifestações violentas no dia da votação. “Vai ser parecido com o primeiro turno. Tem um Marte na casa 3, o que pode significar barulho, buzinaço, panelaço.”
Ele prevê que os apoiadores de Bolsonaro vão começar a se revoltar imediatamente após a divulgação do resultado das urnas. “Uma parte das pessoas vai comemorar como se não houvesse amanhã, por causa da Vênus em Escorpião. Mas, de modo geral, o clima será mais sóbrio.”
Desafios para o próximo presidente 
O planeta Urano está no signo de Touro e fica neste signo até 2026. Esse aspecto traz um cenário de imprevisibilidade. “A última passagem dele nesse signo foi entre os anos de 1937 a 1942, durante a 2a Guerra Mundial e logo depois da Crise de 1929.” O astrólogo destaca que foi um período difícil para a economia e de revisão de fronteiras. Ele ressalta a invasão russa à Ucrânia para retomada de territórios que teve início no começo do ano.
“Touro representa o dinheiro, a terra. Urano – regente moderno de Aquário – foi descoberto entre as Revoluções Francesa e Industrial. Ele tem essa característica da instabilidade, já Touro é um signo cujo valor é a estabilidade. Então, temos o astro mais instável no signo mais estável.”
Segundo ele, esse aspecto pode representar um descontrole de preços. Assim, o próximo presidente terá problemas ligados à economia e dificuldades no controle dos preços.
Além disso, em maio do ano que vem, outro planeta também vai entrar no signo de Touro: Júpiter. Analisando o mapa astral do Brasil, o astrólogo chama a atenção para o planeta Saturno também em Touro. “Saturno é restrição, dificuldades e Touro é dinheiro. Ele está na casa 3 (comércio). Seria então um regulador. A entrada de Júpiter em Touro, pra mim, pode representar a Reforma Tributária.”
Gotardo acredita que, muito provavelmente, o novo governo conseguirá fazer a reforma, mas ela não resolverá os problemas. “Acho difícil mudar a base da tributação, mas vão tentar mexer nesse ‘vespeiro’.”
O planeta Júpiter em Touro pode trazer mais um aspecto importante para o país. “Júpiter é o maior planeta do sistema Solar, tudo por onde ele passa se expande. A tendência é a expansão do dinheiro, mas como o Brasil tem Saturno nesse signo é como se houvesse uma âncora.”
“Portanto, é muito provável que tenhamos um cenário de crescimento mundial e o Brasil com dificuldades. Mas teremos a oportunidade de discutir o financiamento do Estado e se essa discussão pode fazer com que o país acompanhe esse crescimento econômico mundial”, observa.
Ele aponta que o Brasil sempre vai na contramão do resto do mundo e tende a crescer em momentos de crise. Outra área que pode enfrentar dificuldades nos próximos anos é a Educação. “Teremos muita dificuldade com o financiamento da Educação e com o câmbio.”
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