Presidente do PT e líder conservador no Acre falam sobre eleição de Lula e manifestações

Ideologicamente antagônicos, o presidente regional do Partido dos Trabalhadores(PT), Cesário Braga, que se apresenta como um militante de esquerda de causas por justiça social, e o advogado Waldir Perazzo, filiado ao União Brasil e membro de um movimento local o qual se identifica como de direita conservadora, falaram, nesta segunda-feira (7), ao ContilNet, sobre os últimos acontecimentos políticos no país e como desdobramento no Acre. Os principais acontecimentos foram registrados desde 30 de outubro, quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anunciou a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, e os aliados do presidente não-reeleito Jair Bolsonaro passaram fazer manifestações defendendo intervenção federal no país e a denunciar, mesmo sem provas, fraudes na votação.

Perazzo e Cesário Braga

Perazzo e Braga, claro, têm opiniões divergentes sobre os dois caos. “Acho que o Brasil inteiro aguarda o laudo que deve ser publicado de hoje para amanhã”, disse o advogado em referência a um relatório que deve ser apresentado pelo Exército sobre o resultado das auditorias feitas nas urnas eletrônicas para a eleição. “Aguardo manifestação oficial de quem de direito”, acrescentou o advogado, quase lacônico, sem se referir às manifestações na frente dos quartéis e que vêm sofrendo repressão do Supremo Tribunal Federal (STF), através de decisões do ministro Alexandre de Moraes.

.Já Cesário Braga foi mais além. Ele analisou a vitória de Lula sob três primas: “Primeiro, e mais importante, o povo brasileiro reconheceu na candidatura do presidente eleito Lula maior capacidade para enfrentar os desafios da sociedade atual. Segundo a condução desastrosa feita na economia por Bolsonaro enfiou o Brasil em uma crise com hiperinflação, desemprego, ampliação da pobreza e miséria e por fim os ataques constantes a democracia e ao funcionamento das instituições do povo brasileiro feitos por Bolsonaro fez com que a maior parte da população identificasse na candidatura de Bolsonaro um risco de ruptura democrática”, disse,

Sobre as manifestações na frente dos quarteis, em quase todo o país, inclusive em Rio Branco, no Acre, o presidente petista acrescentou: “O direito de se manifestar é sagrado, porém quando ele é movido por sentimentos de ruptura democrática e afrontam a constituição brasileira, são manifestações criminosas que devem ser coibidas, como estão sendo, pelas instituições responsáveis”.

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