O Governo do Estado do Acre emitiu na tarde desta quinta-feira (10) nota de esclarecimento em resposta à ação movida pelo Ministério Público do Acre (MPAC) que determina indenização de até R$ 5 milhões às famílias das crianças que morreram em decorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
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A secretária Paula Mariano, que assinou a nota enviada à imprensa pelo porta-voz do Governo, disse que o Estado não tem conhecimento da ação civil, mas disse que “tem o compromisso de cuidar de pessoas, e sobretudo de permanecer na luta pela preservação da vida, garantindo, dessa forma, dignidade e cidadania às famílias acreanas”.
Até julho deste ano, 12 crianças morreram em todo o Estado.
De acordo com o MPAC, “a falta de leitos de UTI, de aparelhos de oxigenação, a escassez de profissionais médicos para atuar na frente de combate àquele cenário crítico, somado ao desabastecimento de medicamentos essenciais e insumos hospitalares primordiais ao combate às síndromes respiratórias que se alastraram no primeiro semestre de 2022, não foram fatos circunstanciais ou restritos a uma, ou outra, unidade hospitalar, mas, sim, caracterizadores de um verdadeiro gerenciamento indevido da rede pública estadual de saúde, prejudicando o serviço de assistência que deveria ser ofertado com a mínima qualidade exigível à sociedade acreana”.
Mariano destacou, por último, que “assim que receber oficialmente a informação prestará todos os esclarecimentos necessários judicialmente”.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Secretaria de Estado de Saúde até o momento não foi notificada da ação ajuizada pelo Ministério Público do Acre sobre as mortes de crianças por síndrome respiratória. Assim que receber oficialmente a informação prestará todos os esclarecimentos necessários judicialmente.
Reafirmamos o compromisso de cuidar de pessoas, e sobretudo de permanecer na luta pela preservação da vida, garantindo, dessa forma, dignidade e cidadania às famílias acreanas.
Paula Mariano
Secretaria de Estado de Saúde do Acre