Biólogo da UFAC descobre novas espécies de mamíferos desconhecidas da Serra do Divisor no Acre

Na manhã da última quinta-feira (10), o ContilNet entrou em contato com Biólogo e Pesquisador Marllus Rafael Almeida, autor de estudo científico publicado em nota neste ano, onde ele registra a descoberta e observação de novas espécies de mamíferos no Parque Nacional Serra do Divisor (PNSD).

Segundo ele, este trabalho fornece uma contribuição ímpar sobre a distribuição dos animais, e documenta observações pontuais sobre o comportamento de pequenos mamíferos pouco vistos ou desconhecidos no estado do Acre, e afirma que o material publicado ‘Notas sobre Mamíferos’, é uma fonte de suma importância para a ampliação do conhecimento das espécies existentes em nosso bioma, presente em uma das regiões mais ricas em termos de biodiversidade do mundo.

Descobertas de novas espécies de pequenos mamíferos vêm sendo registradas entre os anos de 2019 e 2021, por pesquisadores do Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (LabGAMA) da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Cruzeiro do Sul, região onde está inserido o (PNSD).

Ao ContilNet o biólogo deu detalhes de sua jornada na busca por novas descobertas que tiveram início há 4 anos.

“Os registros foram realizados no PNSD, em uma trilha próxima a pousada do Miro “ponto conhecido por exploradores e visitantes da região” e na trilha da cachoeira da formosa, durante pesquisas de campo sobre herpetofauna (anfíbios e répteis) do PNSD. A pesquisa não foi premeditada e os registros foram feitos por acaso durante nossas atividades de campo que resultaram na observação de três novas espécies ainda desconhecidas na época, mas que já foram estudadas em outras regiões do Brasil e em outros países da América do Sul”.

O estudo registra 3 novas espécies de mamíferos catalogados identificados e catalogados como Bassaricyon alleni (gatiara), Galictis vittata (furão) e Glironia venusta (cuica).
O biólogo destacou a Glironia venusta, como a espécie mais interessante da descoberta, por se tratar de rara espécie marsupial de pequeno porte, com rápida movimentação e grande agilidade no topo das árvores, tornando-se extremamente difícil de ser observada.

Sobre novos projetos voltados ao estudo de espécies desconhecidas, o pesquisador disse que não tem projetos a vista, mas a busca pontual sobre alguns grupos de animais continua. E informa, “O PNSD é subamostrado, uma área que retém umas das maiores biodiversidade do Brasil. Nós aqui do laboratório de herpetologia (UFAC – Campus Floresta) temos alguns estudos juntamente com outros parceiros de outras instituições, com intuito de conhecer melhor as espécies de anfíbios e répteis do parque, e consequentemente descobrir novas espécies. Outros pesquisadores de diferentes áreas também fazem muitas pesquisas com o mesmo objetivo de conhecer e descobrir espécies novas, e entender como essa rica biodiversidade funciona”.

Ao final da matéria, o biólogo deixou uma mensagem a respeito da fauna brasileira e da importância em preservar a vida.

“O estudo da natureza é de suma importância para a ciência, pois ainda há muitas espécies desconhecidas na Amazônia. “O conhecimento da biodiversidade também desperta para a importância da conservação e preservação da natureza. Muitas das espécies descritas pela ciência e muito do que se sabe sobre elas se deve a observações pontuais e ocasionais”, concluiu Rafael.

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