Tuberculose fez uma média de mais de 400 vítimas por ano em Rio Branco de 2018 a 2022

Agentes da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Rio Branco estão nas ruas da Capital na manhã desta quinta-feira (17) em busca de pessoas que possam vir a ser portadoras da tuberculose, doença que vem tendo crescimento vertiginoso entre a população local. Dados do órgão revelam que, em quatro anos, no período de 1998 a 2022, foram registrados 1.531 casos da doença na Capital, uma média superior a 400 pessoas atingidas pela doença por ano.

Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) mostram que o Brasil é um dos países com maior incidência de tuberculose no mundo. A doença se agravou no país porque a pandemia do coronavírus mobilizou todos os esforços sanitários para combater a doença e outros males, como o da tuberculose, deixaram de ser diagnosticados.

 O número de mortes pela tuberculose no Brasil subiu 20% entre 2019 e 2020, saltando de 1,2 milhão para 1,5 milhão de casos no período. No mesmo período, o levantamento mostra que o número de pessoas que sofrem de tuberculose e não foram diagnosticadas e notificadas subiu 29%, passando de 2,9 milhões para 4,1 milhões de pessoas. Em 2020, o Brasil registrou 66.819 novos casos de tuberculose e ficou entre os 22 países com maior incidência da tuberculose no mundo, segundo a OMS. Atualmente, a tuberculose segue sendo uma das doenças infecciosas mais mortais do mundo, com aproximadamente 30 mil casos e 4,5 mil mortes registradas todos os dias no Brasil.

A preocupação dos técnicos da Secretaria Municipal de Rio Branco é, principalmente, com a população em situação de rua na capital, informou o técnico Francisco Costa, coordenador das atividades de prevenção e combate à doença. “São pessoas que não tem como se proteger, que dormem e se alimentam mal e que são susceptíveis à infestação”, disse o técnico.

A outra preocupação é também porque essas pessoas muitas vezes deixam de completar o tratamento, que tem um período médio de seis meses de ingestão de medicamentos. “Não havendo atenção ao período, o tratamento pode se prolongar por até dois anos. Quando abandona o tratamento,a pessoa passa a ser um transmissor da doença”, disse.

Francisco Costa lembra também que o tratamento é absolutamente gratuito, com atendimento pelo  Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive com vacinação para o controle. O diagnóstico da tuberculose é feito principalmente através das queixas apresentadas pelo paciente. “Tosse com mais de duas semanas pode ser um forte indícios”, disse Francisco Costa.Além disso,  a expectoração e a presença de catarro, com ou sem sangue, são comuns em pacientes diagnosticados com a doença. A duração dos sintomas, no caso da tuberculose, pode chegar a três meses, enquanto em doenças como a gripe, os sintomas desaparecem em alguns dias.

As autoridades em saúde advertem também para familiares e outras pessoas que têm contatos com infectados, já que a doença é transmissível. |O tratamento, portanto, tem que ser feito em unidades de saúde, que realizam o procedimento de avaliação para determinar quais medidas serão tomadas no tratamento de pacientes com tuberculose e das pessoas que tiveram contato com a doença.

 

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