Blog do Ton: O órgão que veio como trator e transformou o estado em um grande canteiro de obras

Entre uma agenda e outra, o diretor-presidente do Departamento de Estradas e Rodagens, Infraestrutura Hidroviária e Aeroviária do Acre (Deracre) Petrônio Antunes recebeu este humilde jornalista para falar um pouco do trabalho à frente dessa instituição, que transformou o Acre em um verdadeiro canteiro de obras.

Secretário que agrada gregos e troianos, Petrônio falou sobre a instituição que preside, política, governo e projeções para o futuro. Acompanhe:

Blog do Ton: Mais um ano fechando. É uma pergunta clichê, mas importante. Como o Deracre fecha esse ciclo?

Petrônio Antunes: Trabalhamos uma série de emendas, recursos e temos várias obras em andamento, além da atuação direta com recursos do tesouro estadual. O governador Gladson Cameli saneou o estado e isso nos deu capacidade para tocar várias obras. Temos obras em todos os municípios! Citando algumas: na região do Juruá, temos a abertura da estrada para Porto Walter, estradas e manutenção de ramais, construção de mais de 30 pontes em toda região, duplicação da AC-405, além do maciço trabalho de tapa-buracos em rodovias estaduais. Tarauacá, Feijó, mesma forma: há um bom alinhamento com as prefeituras para atuação nos ramais, dois aeroportos com implantação de iluminação noturna, ainda trabalhando no Jordão, ramais em parceria com a prefeitura fornecendo insumos e estrutura.

Indo para Manoel Urbano, Sena, a mesma coisa: manutenção nos aeródromos, trabalhos em ramais, maciço investimento do Governo Federal em Sena, tempos a ponte do Segundo Distrito; em Bujari, a mesma coisa! Porto Acre, Rio Branco, várias obras. Chico Mendes em obras, Distrito Industrial recapeada, AC-40, AC-90 em tapa-buracos com contínuo trabalho de recuperação, enfim; sem contar com a região de Xapuri: temos a Variante, ponte da Sibéria, ramais, anel viário do Alto Acre. Temos obras em todo o estado! Fechamos o ano bem, pagando tudo em dias, para que no próximo ano tenhamos condições de dar continuidade a esse trabalho.

O presidente do Deracre, Petrônio Antunes/Foto: Reprodução

Ton: O Deracre não deixa de ser um cartão postal do Governo, porque atua na ponta, onde a população mais carente vê o Estado trabalhando. Está presente em todo o Acre. Não deixa de ser uma linha de frente, o que possui lá seus ônus e bônus. Como é estar nessa posição?

Petrônio: O Deracre é aquele que chega aos pontos mais longes do estado. É muita coisa que precisa ser feita, em todos os municípios; e nós conseguimos atuar em todos. O trabalho do Governo do Estado, o apoio dos parlamentares e dos prefeitos foi muito importante para que nosso trabalho fosse reconhecido nessa ‘ponta’. Você pode ver que, por exemplo, Xapuri é um município historicamente da oposição, e nosso governo ali, hoje, tem uma alta popularidade. Isso pôde ser visto nas últimas eleições. Claro que demonstra não apenas o trabalho do Deracre, mas vários outros trabalhos. Mas é um indicativo, como tantos outros, de que a gente chegou até a população, eles viram essa atuação e fomos reconhecidos por isso.

Ton: Como colunista de política, tenho fontes e acesso a informações mais privilegiadas, vindas sobretudo do Palácio. Hoje, as informações que eu possuo colocam seu nome na lista dos melhores aprovados dessa gestão, tanto de membros do governo como de demais líderes espalhados pelo Acre. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo, porque a responsabilidade aumenta. Como lida com isso?

Petrônio: Isso é reflexo de muito trabalho, mas não é um trabalho apenas do Petrônio. Em primeiro lugar, gosto de deixar claro que só temos esses resultados porque o governador Gladson Cameli nos deu as melhores condições de trabalho. Se o Estado estivesse quebrado, a realidade seria outra. O governador conseguiu sanear as contas do Estado e nos deu condições de trabalho. Em segundo lugar, deixo claro também que a proatividade da equipe foi fundamental. Quando eu cheguei, reforçamos a equipe para que tivéssemos esse poder de execução. Claro que, quanto maior esse poder de execução, maiores são as responsabilidades. É normal.

Ton: Ainda falando dessa questão política, o governador está em fase de transição governamental e montando o elenco do próximo governo. Como se sente a respeito dessa questão?

Petrônio: Sobre ficar ou não, a decisão é do governador Gladson. Estou à disposição. O convite que ele me fez foi para esse governo, até o próximo dia 31. Tenho consciência disso. Se o governador achar que eu já cumpri meu papel, eu vou entender. Todo cargo público é passageiro. Se ele quiser que eu fique, vou continuar o ajudando.

Cada eleição, cada ciclo, renova nossa vontade de trabalhar e servir. Tenho certeza que renovou no meu coração e no coração de todo o governo. Falando em nome do Deracre, temos tudo para deslanchar ainda mais, com essa organização que alcançamos. Independentemente de quem seja o próximo gestor, o Deracre é, hoje, uma instituição organizada e com alto poder de execução.

Petronio e Gladson devem anunciar mais investimentos para 2023. Foto: Ascom/Deracre

Ton: Pergunta bônus! Quais os planos para 2023?

Petrônio: Temos várias obras em fase de aprovação de projeto e convênios firmados, que irão à licitação. Destaque para as ações com recursos federais, destinados à obras de infraestrutura. No mais, precisamos ver como fica o novo orçamento, que será levado à assembleia. Sendo fechado o montante que será destinado ao Deracre, vamos sentar e definir mais ações e dar continuidade nos trabalhos que estão sendo feitos. Nesses dois anos que assumi o Deracre, recebi do governador autonomia para reestruturar o órgão. Hoje, estamos com todas as sedes reformadas, maquinário modernizado – alguns novos, outros recuperados. Isso quer dizer que nossa estrutura está pronta para que, quando chamados à ação, possamos agir e agir rápido.

Segredo

Foi uma conversa tranquila, confortável e Petrônio tem fala carregada de muita experiência, mas aliada a uma humildade pouco vista em membros de altos escalões. Talvez sejam esses alguns dos ingredientes que tornam o Deracre uma instituição tão bem sucedida neste governo. E sua atuação tão fundamental.

Como trator

Instituição que completou recentemente 59 anos, o Deracre está prestes a completar seis décadas de atividade no Acre. E se depender de pessoas como o Petrônio, terá vida longa. Destaque para as comemorações de 59 anos com chave de ouro. O órgão veio como trator e transformou o estado em um grande canteiro de obras.

R$ 3,3 bi

É o valor que o Fundo Amazônia deve liberar nos primeiros dias do governo Lula. Segundo Jorge Viana, coordenador do GT de Meio Ambiente, a quantia pode ser liberada nos primeiros dias do mandato.

Penalizados

Viana prometeu ao Valor que o relatório final do grupo de transição nessa área deve apontar crimes cometidos durante a gestão Bolsonaro, com possível acionamento da Justiça para que os responsáveis sejam penalizados.

Secretaria de Governo

Por falar em Jorge Viana, ele aparece em uma lista do O Povo, forte grupo de comunicação do Nordeste, como cotado para a Secretaria de Governo. Junto de Jorge, nomes como Alexandre Padilha, Rui Costa e Wellington Dias. Todos políticos do PT.

Já Marina…

Além de cotada para as duas vagas de Meio Ambiente, como ministra e como autoridade climática, Marina Silva aparece agora na pasta de Relações Exteriores. Não seria uma má ideia. Marina é uma líder reconhecida internacionalmente.

Deixando sua marca

Enquanto alguns criticam, o prefeito de Rio Branco Tião Bocalom segue deixando sua marca. Agora, na Educação, comemora a entrega de uniformes a todos os estudantes da rede pública, mas já comemorou o maior reajuste salarial dos funcionários públicos municipais, entregou com recursos próprios tablets aos alunos – com chips e plano de internet – notebook aos professores, além de computadores e celulares a todas as unidades de ensino.Marcas históricas.

Oposição

Após encontro com o presidente Jair Bolsonaro, o senador Marcio Bittar (UB-AC) afirma que este sim será o líder da oposição a Lula. E completou: “O futuro do Brasil depende de todos nós”.

Mais recursos

Durante fala na tribuna da Aleac, o coerente deputado Daniel Zen (PT-AC) defendeu mais recursos no Orçamento para a Saúde Mental e Políticas para as Mulheres. O governador Gladson Cameli pegou pesado, principalmente na bandeira da proteção à mulher, na última campanha. Tem como desafio transformar as promessas em realidade, o que torna ainda mais salutar o pedido do deputado.

Fervorosa

Não há um fofoqueiro da política que não pare para acompanhar um debate entre Gerlen Diniz, deputado estadual e deputado federal eleito, e Mazinho Serafim, prefeito de Sena Madureira. Essa dupla, quando decide brigar, é fervorosa. Como poucos nas atuais conjunturas.

Bate-rebate

– Bastante ação das secretarias… Parabéns! (…)

– (…) Será que tem algo a ver com um certo relatório que precisam entregar lá na Casa Civil?

– Com o último temporal, o rio Acre subiu mais de três metros (…)

– (…) O cuidado com essas pessoas precisa, de uma vez por todas, ser para além do paliativo.

– Nesta quarta (7) é dia de saber quem é quem no jogo do bicho. A PEC da Transição será votada (…)

– (…) A matéria já passou na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.

– Ao que tudo indica, Marcio Bittar (UB-AC) vota contra.

– O Governo anunciou que cerca de 15 mil servidores da Educação devem receber abono (…)

– (…) Para Gladson, o benefício é ‘mais uma demonstração de respeito da atual gestão com os profissionais responsáveis’.

– O abono será depositado na mesma data do pagamento do salário de dezembro dos servidores estaduais.

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