Muitas pessoas que menstruam no Amazonas não têm dinheiro para comprar absorvente íntimo, que é um item básico para a higiene pessoal. Isso se chama “pobreza menstrual“.
E, para combater esse problema, Juliana Gonçalves criou o Rebbú, uma iniciativa que capacita costureiras para confecção de absorventes ecológicos, que duram até três anos, conforme o fluxo da pessoa.
O projeto tem sete meses e já conseguiu impactar 650 pessoas em quatro estados do país: Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí.
“Nosso objetivo é eliminar a pobreza menstrual através do empreendedorismo, ou seja, a própria pessoa da comunidade produz o absorvente ou de alguma pessoa que menstrua próxima a ela. Além disso, as pessoas capacitadas recebem orientações empreendedoras, onde comprar o produto, qual o valor de venda, para que isso se torne uma renda extra”, explica Juliana Gonçalves, coordenadora do projeto.
Ainda de acordo com Juliana, os absorventes são 100% algodão para que evitar alergias, coceiras e outros problemas. “Também usamos a tecnologia do tecido impermeável para fazer que o sangue não vaze.”
Mais informações sobre o Rebbú: https://www.rebbu.org/.
Higienização
A higienização é a parte mais importante do absorvente, ao usá-lo deve retirar o excesso de sangue e depois deixá-lo de molho com sabão, o Rebbú recomenda o sabão de coco. Após, é só deixar secar bem e está pronto para o uso.
Próximos passos do projeto
O projeto quer levar o absorvente ecológico para mais estados da Região Nordeste que sofrem pobreza menstrual. “Atualmente, estamos em busca de parceiros para nosso próximo destino: Fortaleza”, finaliza Juliana.