Acre é um dos Estados sem registro de assassinato de pessoa LGBTQIAP+ em 2022, diz GGB

O Brasil continua sendo o país onde mais LGBT+ são assassinados no mundo, sendo uma morte a cada 34 horas. No Acre, parece que a realidade é outra: segundo dados do Observatório Grupo Gay da Bahia 2022, o Acre não registrou nenhum assassinato de LGBT no ano passado, junto com Tocantins.

256 LGBT+ foram vítimas de morte violenta no Brasil em 2022, sendo 242 homicídios, equivalente a 94,5% das mortes e 14 suicídios, o que equivale a 5,4%. 

Em comparação com o número de assassinatos proporcional a cidades com mais de 100.000 habitantes, a cidade Timom (MA), é o município mais inóspito para um LGBT. O estado menos perigoso é Rio Grande do Sul, já o mais homofóbico é o Amapá, com quatro vezes a mais mortes violentas de LGBT que a média nacional.

Os dados são baseados em notícias publicadas nos meios de comunicação, sendo coletados e analisados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), há 43 anos. Segundo os dados, no panorama nacional, a região que mais registrou mortes de LGBT foi o Nordeste, com 111. A região Norte ficou em terceiro, com 36 mortes.

Janeiro: mês da visibilidade trans

O primeiro mês do ano é marcado pela visibilidade trans, principalmente pelo dia 28 de janeiro, datado como Dia Nacional da Visibilidade Trans, que busca a garantia da proteção social à população transexual e travesti. No Brasil, esse dia se torna cada vez mais importante, visto que há anos o país segue em primeiro lugar no ranking dos que mais matam transsexuais e travestis. 

De acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra) e pelo Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE), somente em 2020 foram assassinadas 175 pessoas trans. Em 2021 e 2022, não há dados concretos sobre os crimes que podem ter acontecido, por isso também, os meios de comunicação não veiculam sobre os assassinatos. Além disso, o Brasil por ser um país considerado transfóbico e, além disso, LGBTfóbico, as notícias sobre crimes contra LGBT+ não são dadas como importantes.

No Acre

Em 2022, foi registrado um crime contra uma travesti em Rio Branco. Larissa Neves, de 33 anos, foi ferida com golpe de faca enquanto caminhava com o esposo.

Segundo informações da polícia, Larissa estava caminhando em via pública com seu marido, quando foi surpreendida por um homem identificado como Jair da Silva, 39 anos, que, em posse de uma faca, desferiu um golpe na região das costas de Larissa. Não satisfeito, Jair ainda tentou desferir mais golpes contra a vítima, porém, ela conseguiu correr e pedir ajuda a populares.

PUBLICIDADE