A Polícia Federal (PF) prendeu nesta segunda-feira (6) um homem que é apontado como o responsável por fazer a compra, transporte e distribuição de entorpecentes de Rondônia até São Paulo.
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Segundo apurou o g1, a identidade do suspeito foi descoberta através da sua voz. Isso porque durante perícia no celular, apreendido com traficantes no passado, os policiais encontraram um vídeo onde um homem filma vários malotes de dinheiro.
“Esse aqui é 30, tá separadim. Aqui cada um é 60, fora o que tem ali ainda. Depois vou mostrar pra você. Os caras tem que brigar pelo preço ainda, papi”, diz a narração do suspeito, que em nenhum momento mostra o rosto (assista acima).
O dinheiro que aparece na imagem, mais de R$ 300 mil, era para ser usado na compra de drogas e o suspeito enviou a gravação aos vendedores para reforçar que já tinha o recurso para o pagamento.
O esquema de tráfico envolvendo essa organização criminosa foi descoberto durante a operação Canto da Serpente, deflagrada em novembro de 2022 em Guajará-Mirim (RO), onde terminou com a cantora Cinthya Melo investigada.
A operação mirou integrantes da organização criminosa, que além de tráfico e associação ao drogas, utiliza empresa.
Segundo a PF, a organização criminosa de Guajará-Mirim era composta por três núcleos, como uma espécie de organograma.
Um núcleo era responsável pela logística do tráfico, incluindo compra e distribuição da droga. Já os outros dois ‘setores’ ficavam responsáveis movimentação financeira, que se dava por meio de ocultação patrimonial, laranjas e empresas de fachada.
Após a apreensão do celular de um dos criminosos, em novembro do ano passado, a PF periciou o vídeo achado no aparelho e, através da sua voz, conseguiu identificar o comprador.
A Justiça de Rondônia autorizou o cumprimento de um mandado de prisão e busca e apreensão na casa do comprador de drogas. Ele foi localizado e preso nesta segunda-feira (6) em Ribeirão Preto.
Segundo a PF, o homem ainda utilizava pessoas para a ocultação dos valores oriundos do tráfico de drogas.
“A investigação apontou que a organização criminosa teve uma movimentação financeira global de aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Ainda, análises fiscais indicam que, apenas entre créditos e débitos de contas cujos investigados eram titulares, chega-se à monta de aproximadamente 700 milhões”, diz a PF.