Um pássaro corajoso atacou uma cobra com mais do que o dobro do seu tamanho enquanto tentava ficar longe de suas presas altamente venenosas da serpente. O guia de campo Pieter van Wyk, da MalaMala Game Reserve, na África do Sul, conseguiu gravar a batalha e compartilhou o registro com o portal LatestSightings.com.
“Era um dia ensolarado e eu estava levando um grupo de turistas para um passeio matinal quando percebi a comoção. Não se passaram nem 10 segundos em nossa viagem. Mal havíamos saído dos arredores do acampamento.”
“No começo, pensei que fosse uma cobra atacando algum tipo de pássaro, mas quando me aproximei, percebi que o pássaro estava realmente atacando a cobra. O picanço, com sua distinta plumagem cinza, amarela e verde, estava mergulhando e bicando a boomslang, uma cobra venenosa conhecida por sua cor verde brilhante.”
“A cobra estava tentando escapar, mas o picanço era implacável. Ele mergulharia e atacaria a cobra, depois voaria de volta para um galho próximo, apenas para repetir o processo novamente.”
Os picanços-de-cabeça-cinzenta (Malaconotus blanchoti) são pássaros ferozes que comem quase tudo em que conseguem colocar o bico. É um fato conhecido que eles matarão cobras se tiverem a oportunidade, explica o portal.
“Ao observar essa interação fascinante, eu sabia muito bem que a cobra não tinha chance. A essa altura, o picanço já havia desferido golpes fatais na cobra”, relatou van Wyk.
“Nós observamos por um tempo, e quando o inevitável ficou claro, os convidados pediram que saíssemos antes que a cobra realmente morresse, pois eles não aguentavam a visão. Quando estávamos saindo, não pude deixar de pensar no que aconteceria com a cobra.”
“No fundo, eu sabia que a cobra provavelmente não sobreviveria ao ataque. O picanço neste ponto já havia cegado a cobra e estava atacando continuamente a cabeça da cobra.”
“Embora eu não tenha ficado para ver o final do encontro, ainda assim fiquei impressionado com o poder e a ferocidade do picanço. É um lembrete das realidades brutais da natureza e da luta constante pela sobrevivência que ocorre no mato.”