A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, indica que o governo deve concluir nas próximas semanas as tratativas para conceder o reajuste salarial dos servidores. Além disso, sinaliza sobre novas autorizações de concursos públicos.
As informações foram dadas em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo.
A ministra não informou quais serão os concursos autorizados, mas falou sobre as áreas com mais necessidade.
Reajuste dos servidores federais deve ser dado até abril
A chefe da pasta indicou que o aumento pode ser de até 9%, mas que o valor final vai depender do reajuste ou não reajuste do auxílio-alimentação.
Mas, ainda segundo Esther por conta da defasagem e contenção de despesas com o funcionalismo público na gestão anterior, será difícil conseguir retor todo o impacto. De todo modo, ela enfatiza que já tem um orçaento definido para 2023, que é de R$11,2 bilhões, e é esse o valor que será utilizado.
Esther comenta que o reajuste de 9% é considerado possível para este ano, mas depende do mês de aplicação. Para março, considera inviável. Já para abril é uma previsão mais real. Segundo ele, entre fevereiro e março o acordo deve ser concluído e anunciado.
Novas autorizações de concursos podem sair este ano
Esther Dweck também falou sobre novas contratações, mas sinalizou que o recurso previsto (em torno de R$1,5 bilhão) não é muito.
Segundo a ministra, será possível realizar contratações em algumas áreas críticas, que já contam com concurso em aberto e cadastro de reserva. Segundo ela, este é o foco.
A chefe da pasta ainda disse que alguns novos concursos federais devem ser autorizados ainda este ano.
Ela não sinalizou quais concursos receberão aval do governo, pois, segundo ela, o foco é o reajuste e não tem como precisar quais serão os concursos e quais serão as áreas. Ainda sim, mencionou dois órgãos que são prioridade e devem ser contemplados:
“Desde que eu estava aqui [no governo Dilma Rousseff], eu já acompanhava áreas que tinham muita gente em abono de permanência, com risco de aposentadoria, e a reforma da Previdência em 2019 acelerou. Áreas que já estavam com risco muito grande, com 30% da folha podiam se aposentar. [Como] IBGE e Banco Central, mas tem outras também.”
Com isso, os concursos IBGE e Banco Central entram no radar do governo e podem estar na lista de futuras autorizações.
Novos concursos federais já estão em pauta pelo Governo
Novos concursos públicos já está em pauta e no planejamento do Governo Federal. E o melhor, estão no radar também da pasta que será responsável pelas autorizações.
Recentemente, a ministra Esther Dweck se reuniu com secretários, assessores e dirigentes para fechar o planejamento dos 100 primeiros dias de governo. Neste encontro, várias pautas foram debatidas, entre elas: a negociação de reajuste salarial de servidores, novos concursos públicos, reforma administrativa, e mais.
O fato de novos concursos públicos estarem em pauta é de suma importância e pode indicar novidades em breve para os candidatos. No entanto, até o momento o governo não sinalizou possíveis editais com chance de autorização e no radar para sair.
Concurso Bacen quer edital para cargos dos níveis médio e superior
E o Banco Central também se movimenta na tentativa de receber a autorização para um novo concurso Bacen. Em 2022, o órgão enviou pedido para autorização de 245 vagas em 2023.
Deste total, 200 oportunidades serão para cargos de analista, 30 para técnicos e 15 para procuradores.
Vale destacar que aa carreira de técnico do Banco Central requer somente o ensino médio completo. As remunerações iniciais são de R$7.741,31, incluindo o auxílio-alimentação de R$458.
Já o analista requer nível superior em qualquer área de formação. Os salários, após a aprovação no concurso, são de R$19.655,06. Para se candidatar às vagas de procurador os requisitos são: ter Bacharelado em Direito e exercício comprovado de dois anos de prática forense. Após o ingresso, os ganhos são de R$21.472,49 por mês.
É importante mencionar que as mesmas 245 vagas foram solicitadas pelo Bacen em 2021. Entretanto, o então Ministério da Economia não concedeu aval para o concurso. Dessa forma, o Banco Central decidiu reenviar o pedido, em 2022, para reforçar a necessidade de reposição de pessoal.