Casal de pastores é preso por usar igrejas para lavar dinheiro do PCC

Um casal de pastores foi preso em Sorocaba, no interior de São Paulo, por suspeita de usar igrejas evangélicas para lavar dinheiro do tráfico de drogas da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os dois foram presos em um condomínio de luxo. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), a dupla foi responsável por abrir sete igrejas que seriam utilizadas para lavar o dinheiro da facção.

Os templos evagélicos foram abertos nos estados de São Paulo e Rio Grande Norte, segundo a investigação.

O esquema de lavagem foi alvo de uma operação deflagrada nessa terça-feira (14/2) pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte com o apoio do MP paulista.

Operação Plata

Batizada como Operação Plata, a investigação apontou que o esquema teria movimentado mais de R$ 23 milhões. Além das igrejas, a origem da quantia também foi “maquiada” por meio da compra de imóveis, fazendas e rebanhos bovinos.

De acordo com a investigação, o homem conhecido como Pastor Junior é irmão de um dos chefes do PCC, que tem o apelido de “Colorido”, que está preso atualmente na Penitenciária Federal de Brasília.

Segundo o MP potiguar, o pastor é tido como braço-direito do irmão. O Metrópoles apurou que as contas de luz da igreja na cidade do interior paulista estavam no nome do suposto chefe da fação criminosa.

As investigações do MPRN apontam ainda que os irmãos mantém o esquema de lavagem de dinheiro há pelo menos duas décadas, com envolvimento de parentes e outros comparsas fora da família.

Ao lado da mulher, Pastor Junior é investigado por constituir um patrimônio de mais de R$ 6 milhões, valor incompatível com seus rendimentos declarados do casal.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará, Paraíba e no Distrito Federal.

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