Damares Alves busca vaga em comissão que investiga crise ianomâmi

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) é mais um nome que busca compor os membros da comissão externa para investigar sobre a crise na Terra Indígena (TI) Yanomami. Nesta quarta-feira (1º/3), Damares pleiteou uma das três cadeiras que foram incluídas na comissão após críticas de entidades indígenas.

“Posso colaborar muito. A comissão com mais senadores trará um relatório mais imparcial e mais completo”, disse Damares após os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) terem pedido requerimento para ampliar de cinco para oito o número de membros do colegiado.

Histórico de ministra

A senadora Damares Alves foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), gestão em que a situação dos ianomâmis passou a ser crítica — inclusive na pandemia. Por esse motivo, ela foi acusada de negligência, pois era uma das autoridades responsáveis por acompanhar a situação dos povos indígenas.

Documentos comprovam que o governo de Bolsonaro sabia da situação dos indígenas em Roraima pelo menos desde 2021, mas não tomou providências.

A formação do colegiado para a comissão externa tem causado polêmicas junto às entidades indígenas, já que a presidência, a vice-presidência e uma das relatorias ficaram com nomes como o de Chico Rodrigues (PSB-RR), Hiran Gonçalves (PP-RR) e Mecias de Jesus (Republicanos-RR), respectivamente. As entidades têm chamado a atenção de que os nomes políticos envolvidos nas investigações são de apoiadores — e até mesmo investidores — do garimpo na região.

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