Mototaxista acreana que foi estuprada e espancada conta detalhes chocantes do momento da agressão

No último sábado (17), uma mototaxista acreana foi estuprada, espancada e amarrada em um motel em Rio Branco. A trabalhadora fazia uma corrida comum quando, ao parar no ponto onde o agressor havia pedido, foi abordada e forçada a entrar em dos quartos do lugar. 

ENTENDA O CASO: Após fazer corrida, mototaxista é sequestrada, espancada e estuprada no Acre

Conforme o relato da vítima à reportagem do G1, durante todos os momentos ela implorava pela sua vida, suplicando para não ser morta porque tinha um filho para criar. Ela tentou gritar e pedir ajuda, mas nenhum funcionário do local a escutou e as ameaças só pioraram.

Além da violência sexual, o agressor também bateu inúmeras vezes em seu rosto e corpo. Ao receber atendimento médico, a mototaxista explica que o nariz estava quebrado e precisou levar pontos também nos olhos, que ficaram muito inchados.

A vítima foi forçada a retirar toda a roupa e aparecer em uma vídeo chamada para uma mulher, situação investigada pela polícia. Ela também foi sufocada com um travesseiro e houve tentativa de estrangulamento, mas nesses instantes, ela lutou e com insistência, pedindo que ele não a matasse. 

“Minha cara estava muito inchada, parecia um monstro. Não dava para ver meu olho, ele bateu com muita força. Teve uma hora que quase conseguiu me matar, estava sem fôlego, e consegui tirar a mão dele da minha garganta”, contou emocionada.

Foto: G1

Em seguida, ela foi amarrada e deixada na suíte do hotel. O agressor pegou sua moto e a abandonou no bairro Seis de Agosto, região do Segundo Distrito de Rio Branco. Foi quando a mototaxista conseguiu pedir ajuda.

A equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) conseguiu chegar até um suspeito a partir das evidências e o prendeu preventivamente no bairro Castelo Branco. O suspeito tem 37 anos, é desempregado e já possui passagem pela polícia por furto e roubo. Nos antecedentes, também é relatado importunação sexual. 

A vítima o define como “psicopata” e diz ter certeza que ele iria voltar ao motel para matá-la. “Me deu um alívio, falei até para minha filha que só iria ficar mais tranquila depois de saber que ele foi preso”, destacou a mototaxista. 

Foto: G1

Atualmente, a vitima recebe tratamento psicológico e conta com o apoio da família e amigos. “Meus amigos estão me dando assistência, fizeram arrecadação, vieram me visitar, estou recebendo forças deles e das minhas amigas do ponto, e o pessoal da Secretaria da Mulher também está me dando apoio. Desde o primeiro momento o pessoal me dá apoio. A viatura me levou na UPA, depois na maternidade. A gente se sente mais protegida, minhas amigas vieram aqui, me abraçaram e a gente se sente mais acolhida”, relata. 

 

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