De vocalista de banda na Paraíba para jornalista no Acre; conheça a história de Katiúscia Miranda

Nesta sexta-feira (7), comemora-se o Dia do Jornalista, profissionais que muito contribuem no sistema de comunicação de todo o mundo. Essa data é um lembrete de conquistas importantes para os jornalistas brasileiros, como a liberdade de imprensa. É também importante conhecer e relembrar dessa área de comunicadores no estado do Acre. 

Uma das grandes profissionais, que compõem o quadro de jornalistas no estado do Acre, Katiúscia Formiga Miranda Silva, nasceu em Mossoró, uma cidade no interior do Rio Grande do Norte. Se formou em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e desde 2003, está inserida no mercado e vem se aprimorando nos mais diferentes formatos. 

A comunicadora passou por diversos lugares, e ainda na faculdade, começou a atuar na área. Porém, além do gosto pela escrita, nesse período universitário, Katiúscia também chegou a participar de uma banda, chamada Marxuvipano – MXP, na qual era a vocalista. Gravou um DVD e se apresentou em outros estados além da Paraíba, como em São Paulo. 

Foto: Cedida

Em quase 10 anos de carreira artística, a banda teve como principais influências a psicodélica da década de 70 (Mutantes, Secos e Molhados, Tropicália, Pink Floyd, Chico Buarque). Mesmo com os compromissos da banda, o jornalismo sempre foi sua vocação e chegou a fazer pós-graduação em redação jornalística para TV, rádio, jornal e internet.

Foto: Cedida

Apesar da carreira promissora na arte, a jornalista trilhou por outro caminho, mas um em que ainda pudesse exercitar o pensamento crítico e transformar a sociedade. Na entrevista exclusiva ao ContilNet, ela relata muito do percurso que realizou durante a trajetória marcante. 

Depois da faculdade trabalhou no Jornal Sistema Correio da Paraíba que integrava rádio, jornal, televisão e internet. “Minha rotina era bem dinâmica, eu cobria o interior do estado então eu saía da delegacia pra fazer matéria policial, depois ia para a Câmara Municipal entrevistar o presidente, depois eu ia lá para o teatro entrevistar algum grupo de música ou teatro”, relembra, sempre pontuando seu apreço pela categoria cultural. 

Com a experiência, voltou ao Rio Grande do Norte e trabalhou com o audiovisual, publicidade, design, e também na parte de entretenimento de TV, dirigindo e produzindo programas ao vivo. Atuou também na publicidade, já tendo a oportunidade de se engajar na assessoria de imprensa, mídia e produção, atendendo a grandes empresas.

Depois de um tempo, teve seu primeiro filho, e recebeu um convite para trabalhar no Acre. Primeiro ela veio acompanhada apenas do pequeno, na época com menos de 1 ano de idade, depois veio o marido. A acreana de coração participou da campanha eleitoral de 2018 e logo em seguida teve a oportunidade de trabalhar na Secretaria do Estado de Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi). Dos 22 municípios acreanos, conheceu 21 deles, visitou regiões isoladas e também comunidades indígenas. 

São 20 anos ininterruptos de sua carreira nessa área, o jornalismo lhe fez também romper as barreiras nacionais, já tendo viajado à Espanha e à Escócia como assessora de comunicação da comitiva do Governo.

Foto: Cedida

Katiúscia veio ainda ao ContilNet Notícias, onde atuou como repórter. “Fiz matérias bem marcantes no ContilNet, me trouxe esse resgate do jornalismo factual. Aqui no Acre, muitas matérias me tocaram, conheci pessoas e tive contato com assuntos muito importantes, como dos direitos das pessoas LGBTQIAP+”, salientou Formiga. 

Atualmente, ela é chefe da assessoria de comunicação da Defensoria Pública do Estado do Acre. 

“Na Defensoria eu estou desenvolvendo um dos meus sonhos que é a comunicação social, é um conteúdo que está à serviço da população hipossuficiente. Pessoas que realmente precisam de informação. Toda a equipe tenta levar acesso à justiça e cidadania, uma nobre missão”, endossou a comunicadora.

Foto: Cedida

“Eu prezo pelo jornalismo ético, que procure ouvir os dois lados ou os lados que existem, que utilize uma abordagem que seja socialmente responsável. Eu acredito nisso, por mais que seja considerado uma utopia. Eu gosto do jornalismo que leva informação e que ajuda as pessoas a refletirem sobre suas realidades. O jornalismo também tem esse papel, por meio dele nós conseguimos ajudar muita gente”, finalizou.

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