Segundo o dito popular, pôquer leva cinco minutos para se aprender e uma vida inteira para se dominar. Embora as regras sejam bastante simples e intuitivas, elas permitem estratégias incrivelmente intrincadas, além de uma matemática complexa.
Há muito que pôquer não é mais considerado meramente um jogo de azar, mas sim, um esporte mental, com direito a confederações internacionais e torneios televisionados. Apenas no Brasil, são mais de 7 milhões de jogadores, segundo a Confederação Brasileira de Texas Hold’em.
Estes torneios têm contribuído para o aumento da popularidade do jogo, principalmente, da modalidade Texas Hold’em. Milhares de jogadores passaram a se interessar mais e praticar pôquer, seja em uma mesa de amigos, ou num cassino online. Se você está estudando para melhorar o seu nível de jogo, talvez já tenha se perguntado qual habilidade vale mais: se a capacidade de ler o oponente (pessoal), ou os cálculos probabilísticos (matemática).
A mecânica do pôquer online – Ele é mais matemático do que a versão física?
O pôquer online vem ganhando muito espaço no Brasil, principalmente pela sua acessibilidade e pela maior variedade. Afinal, a versão online pode ser acessada a qualquer momento, não apenas quando você tem oponentes para enfrentar cara a cara.
Porém, muitos jogadores que estão começando a investir nessa versão e estão em busca de novos bônus de grande aposta para melhorar as suas chances de levar ganhos maiores para casa se perguntam se ele é um jogo que depende mais da questão matemática.
De certo modo, sim. Pelo menos com as opções de vídeo poker, que contam com geradores aleatórios de números. Contudo, em versões com crupiê ao vivo, o quesito humano e pessoal tem o mesmo peso que possui na versão física. Você ainda pode avaliar oponentes, blefar e seguir estratégias mais complexas de jogo. Então, tudo depende de qual caminho você deseja seguir ao jogar pôquer online. Continue lendo e saiba mais.
Demasiado Jogo para Ser Ciência
O escritor francês Michel de Montaigne dizia que o xadrez é demasiado ciência para ser jogo e demasiado jogo para ser ciência. A mesma frase poderia ser usada para descrever um bom jogo de pôquer. Existem, basicamente, quatro perfis de jogadores. Cada jogador adiciona seu próprio tempero a estes estilos; com frequência, estilos aparentemente opostos são combinados, para confundir o oponente.
Jogadores agressivos podem se comportar de duas formas diferentes: ou são daqueles que apostam por qualquer mesa, na tentativa de assustar os oponentes, ou são daqueles jogadores que jogam de forma ultra agressiva, apenas quando tem uma mão promissora. Enquanto o primeiro aposta toda a hora, o segundo vai surgir apenas em determinados momentos; vai apostar menos que o primeiro tipo e vai blefar menos também.
Jogadores passivos também têm duas formas básicas de comportamento: ou, são daqueles que apostam sempre que os outros apostam, mesmo quando não deveriam, ou daqueles que apostam apenas quando têm uma boa mão. É perigoso blefar contra o primeiro tipo, eles podem desafiar o blefe até inconscientemente. Já o segundo tipo é mais fácil de identificar, pois quase nunca aposta e sabemos que quando aposta, é porque tem algo.
Demasiado Ciência para Ser Jogo
Ninguém sabe ao certo a origem do jogo pôquer. Especula-se que tenha derivado do As Nas, um jogo persa de cartas. No entanto, as combinações e hierarquia das cartas são tão intuitivas que poderiam ter vindo de qualquer lugar. Embora o conhecimento sobre o oponente seja fundamental, também é necessário investir em uma certa habilidade matemática, para tomar decisões melhores nas situações mais difíceis.
É importante saber, por exemplo, que existem 2.598.960 possibilidades de combinação numa mesa, e que as chances da sua mão ser a vencedora, em uma mesa cheia, são bem pequenas. As chances de completar aquele flush ou aquele straight, quando ainda faltam duas cartas na mesa, não ultrapassam os 8%. Este é um dado estatístico importante, antes de pular de cabeça naquele all-in.
Cartas na Mesa
Para se obter sucesso numa mesa de pôquer, não se pode apenas olhar para si e para a provável próxima carta. É preciso estar atento e sensível à reação dos outros à mesa e também em relação às próprias cartas. Determinados padrões de hesitação ou nervosismo, ficam transparentes na forma de apostar.
Dessa forma, é possível calcular melhor quando blefar, quando ser mais agressivo e quando esperar a próxima vez. Entretanto, uma boa leitura dos movimentos do oponente depende de um conhecimento matemático razoável. Só assim é possível saber as reais intenções por trás de uma aposta e identificar um possível blefe.
Enquanto a parte matemática do jogo é complexa o suficiente para inspirar os mais sofisticados estudos matemáticos, os números por si são incapazes de vencer uma rodada, pois nem sempre a melhor mão leva o ouro. Sendo assim, ambas habilidades são igualmente essenciais para quem quer ser um ás na mesa de pôquer.