Nesta segunda-feira (8), foi sediada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) a primeira audiência pública para ouvir integrantes da Associação Nacional de Fibromialgia e Doenças Correlacionadas (Anfibro), e também da doença de lúpus.
O tema pautado teve como destaque a reivindicação da criação de centro de atendimento público para pessoas com lúpus e fibromialgia. A líder voluntária e representante da Associação Nacional de Fibromiálgicos (Anfibro) no Acre, Rosilene Queiroz, ressaltou a importância do encontro para as pessoas que são acometidas pelas doenças no estado.
“Essa é a primeira audiência pública sobre esse tema no estado do Acre e estamos muito felizes com isso. Esse encontro ajuda a dar visibilidade ao tema. Infelizmente, os pacientes de fibromialgia e de lúpus são esquecidos pelo poder público. Precisamos de mais inclinação por parte do estado, de acolhimento, de compreensão e atenção, de um suporte”, relatou.
Na ocasião, a representante da categoria usou seu lugar de fala taqmbém para criticar a forma de tratamento e o atendimento dos peritos do Instituto Nacional do Seguro (INSS). “Sobre os peritos, o que eu tenho a dizer é que é humilhante. Além do constrangimento de estar se explicando, mostrando vários exames com laudos, comprovando várias doenças. Estou falando de profissionais que precisam ter mais cuidado na hora de atender, lúpus é uma doença que não é visível, é invisível. Estou falando de uma doença que lesiona vários órgãos do corpo, já lesionou inclusive o meu rim. É tudo muito sério”, finalizou.
O Lúpus é uma doença autoimune, que pode causar inflamação em vários órgãos e tecidos do corpo. A Sociedade Brasileira de Reumatologia estima que existam cerca de 65.000 pessoas com a doença, sendo a maioria mulheres. Já a Fibromialgia é uma síndrome de dor crônica, que afeta músculos e tecidos moles, pelo menos 3% da população sofre com a doença e a maioria dos casos se dá entre as mulheres.
Os pacientes pedem ainda que o governo e a prefeitura forneçam protetor solar, medicação específica, capacitação dos profissionais de saúde, atendimento multidisciplinar, criação de um protocolo de apoio e acompanhamento e um centro especializado de acolhimento.