O motorista Josemar Santos da Silva, de 38 anos, que atropelou e matou o mototaxista Lucas Fernandes dos Santos, de 25 anos, na madrugada do último domingo (7), na frente da distribuidora de bebidas Floresta, vai permanecer preso e deverá responder por crime doloso, quando o agente tem intenção e assume a responsabilidade de matar.
Embora a morte tenha se dado por acidente de trânsito, o promotor de Justiça Rodrigo Curti, do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), na audiência de custódia a qual o acusado foi apresentado, quando Josemar foi indiciado por crime culposo, quando não há a intenção de matar, defendeu uma pena mais gravosa para o acusado.
Preso em flagrante pela Polícia Militar, o motorista se recusou a fazer o exame do bafômetro, o chamado exame de alcoolemia, que poderia atestar a embriaguez. Mesmo com a recusa, testemunhas disseram que os sinais de embriaguez ao volante eram visíveis.
O comportamento do motorista após o acidente também indicou a embriaguez, já que ele disse, ao voltar ao local do acidente, não saber em que ele havia batido no local. Ele dirigia um veículo modelo Spin, de cor cinza, placa QLX-3I46,em alta velocidade. Ao passar na frente da distribuidora, no sentido centro/bairro, atingiu o mototaxista, que esperava um passageiro ao lado da moto, no acostamento da Estrada. Com o impacto, o mototaxista foi arremessado e bateu fortemente a cabeça contra uma mureta na distribuidora. O mototaxista teve sua cabeça rachada, a massa encefálica e as vísceras expostas e diversas fraturas pelo corpo.
Após o atropelamento, o motorista Josemar fugiu do local, mas surpreendeu que, pouco tempo depois, ele voltou ao local, com o carro amassado e sujo de sangue, pelo outro lado da rua, parou e ficou observando a movimentação, com o cadáver estendido no chão. Foi reconhecido por testemunhas e denunciado à Polícia Militar, que o prendeu quando ele tentava fugir mais uma vez. Josemar vai ser transferido para o sistema penitenciário, onde deve permanecer à espera de julgamento.