Sorveteria de Rio Branco se posiciona após ser acusada de discriminar criança autista

O estabelecimento afirma que vai pedir retratação sobre o caso

Um cliente do Boneco de Neve, Carlos Venícius Ribeiro, divulgou em suas redes sociais um vídeo em que aparece acusando o restaurante de discriminação contra seu neto, que tem autismo. O caso aconteceu no sábado (6). O estabelecimento divulgou uma nota de esclarecimento sobre a situação, na última quarta-feira (10).

Foto: Reprodução das redes sociais

Nas imagens a criança aparece chorando e o avô visivelmente alterado com a situação, acusando o estabelecimento de discriminação, e pede que as pessoas não frequentem o local.

Em suas redes sociais, o restaurante Boneco de Neve divulgou uma nota de esclarecimento sobre o caso, alegando que as acusações se tratam de inverdades e que devem tomar providências cabíveis para pedido de retratação.

Na nota, o restaurante afirma, ainda, que a criança não foi autorizada a entrar no brinquedo pois ultrapassava o limite de altura e que, após isso, uma pessoa preparada a pegou no colo e levou até o espaço que era destinado para crianças de sua altura.

Confira a nota na íntegra:

Imagem: Reprodução

A família de Miguel, através do tio Carlos Venícius Ribeiro, procurou o ContilNet e enviou uma nota. Confira na íntegra:

A polêmica envolvendo o menino Miguel e a empresa Boneco de Neve noticiada pelos jornais não se resume a suposta desobediência das regras do estabelecimento. Todos nós estamos sujeito a cumprir regras para vivermos em sociedade e a família do pequeno Miguel sabe disso.

É verdade que a família da criança sabia que as regras da empresa estabeleciam uma altura máxima de 90 cm para adentrar naquele espaço. Ocorre que, o menino Migue sofre de autismo tipo 2, doença que lhe impossibilita de se comunicar adequadamente. O pequeno Miguel não fala e uma das formas de demonstrar sentimento é chorando. Por isso, ele chorou e chorou muito quando não teve sua entrada proibida.

A partir desse momento, o avô da criança pediu que lhe franqueasse a entrada com o menor para matar a curiosidade da criança e logo em seguida retirar-lhe do local. Essa é uma das formas de aprendizado da criança.

Os funcionários da empresa e a proprietária foram avisados que a criança era especial, mas toda a explicação foi em vão.
Diante do tratamento ríspido dirigido ao menino Miguel, o avô da criança de forma indignada aumentou o tom de voz e começou a gravar aquela cena que ele afirma “ter sido o momento mais triste de sua vida”.

A bem da verdade, o avô da criança não era ali um homem arrogante que acreditava estar acima das regras do estabelecimento, mas sim um homem indignado que tentava proteger o seu neto.

Por fim, quero registrar que o menino Miguel não é uma criança mimada que não tem educação em casa como tem sido dito nas redes sociais. Na verdade, ele é uma criança especial que infelizmente não consegue entender um não como aconteceria com outra criança.

Uma criança especial necessita de um olhar afetuoso da família e de toda a sociedade porque no curso de sua vida ela precisará enfrentar diversos obstáculos que ela não escolheu pra si.

A empresa pode prestar um bom serviço a seus clientes e não se pretende discutir isso, porém não foi esse o tratamento dado ao pequeno Miguel.

Por fim, Miguel é um menino especial e não um menino mimado.

PUBLICIDADE
logo-contil-1.png

Anuncie (Publicidade)

© 2023 ContilNet Notícias – Todos os direitos reservados. Desenvolvido e hospedado por TupaHost