Um homem, que não teve a identidade revelada, foi condenado pela Justiça de Santa Catarina a 1.080 anos de prisão em regime inicialmente fechado por estuprar a própria enteada pelo menos 90 vezes. De acordo com o próprio Poder Judiciário do Estado (PJSC), a pena é uma das maiores já aplicada contra uma pessoa na história.
Segundo informações do órgão, o réu foi preso em flagrante após a mãe da vítima flagrar o crime no início deste ano. No dia da prisão, a mulher teria retornado para casa antes do previsto, sem avisar o então companheiro, e o flagrado saindo de um quarto sem roupas. O criminoso impediu a mulher de entrar no cômodo, mas a mulher conseguiu ver a filha sob uma prateleira e com roupas que não eram dela. Em seguida, ela acionou a Polícia Militar (PM), que o prendeu.
A vítima confirmou durante depoimento ter sofrido violência sexual por parte do padrasto, e ele confessou o crime. “Todas as ações cometidas de modo diferente e com absoluta consciência. Isso faz transparecer, prossegue o juiz, muito mais um estilo de vida criminoso do que delitos ocasionais praticados em sequência, o que de nenhuma forma pode ser subsídio para o abrandamento da pena, como ocorre no caso de continuidade”, divulgou o órgão, em comunicado nesta quarta-feira (10).
Ele estuprava a enteada desde 2019, quando ela tinha oito anos de idade. “Para a consumação dos atos, ele se aproveitava da condição de vulnerabilidade da criança em decorrência da tenra idade e da condição de padrasto, o que lhe permitia ficar a sós com ela”, prosseguiu o PJSC.
O réu não pode recorrer em liberdade, decidiu a Justiça.