Acreanos acusados de assassinar família boliviana vão a júri popular

O júri popular foi marcado para julgar seis acusados de uma chacina que ocorreu na fronteira do Acre com a Bolívia 

Nesta sexta-feira (12), foi marcado para o dia 31 de julho o júri popular da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco, que visa julgar seis acusados de uma chacina, que ocorreu na fronteira do Acre com a Bolívia. 

O crime aconteceu em setembro de 2020, na zona rural da Bolívia, localizada na BR 364. É  previsto que 21 pessoas sejam ouvidas pelo Ministério Público sobre o crime que fatalizou uma mãe e seus dois filhos.

Foto: Reprodução

Entenda o caso

Segundo as informações reunidas ao longo do processo, um pai de família boliviano teria contratado alguns homens do estado do Acre para lhe ajudarem com seu trabalho. Nesse período, um deles acabou descobrindo que a família tinha guardado cerca de R$20 mil bolivianos. 

Este mesmo homem, teria ameaçado e estuprado uma das filhas do casal, de apenas 14 anos de idade. Ao descobrir, o pai da menina o prendeu amarrado em um tronco de árvore e veio até o lado brasileiro para chamar a polícia.

Uma outra pessoa que estava no local, também acreano, aproveitou a ausência dele para ir em casa e chamar membros da familia para soltar o suspeito de estupro. Ao chegarem na residência, eles também exigiram os R$20 mil.

 A mãe da menina se recusou a entregar o dinheiro, então, os homens atiraram nela, e em seus três filhos. A menina de 14 anos foi a única que sobreviveu pois se fingiu de morta durante a ação. Após o crime, ainda atearam fogo na casa e arrastaram os corpos para perto de uma árvore. 

O pai da adolescente não foi morto porque estava em solo brasileiro à procura da polícia. O júri popular irá analisar se os acusados cometeram crime de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O crime de estupro de vulnerável não será analisado em razão do acusado, o pivô de toda confusão, ter sido assassinado em abril do ano passado.

PUBLICIDADE