Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12) mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,61% em abril deste ano. Isso significa que está confirmada a desaceleração da inflação nos últimos meses. Em março, o IPCA ficou em 0,71%. Em fevereiro, em 0,84%.
No acumulado de 12 meses até abril, a inflação oficial do país foi de 4,18%. É o menor nível da inflação anual desde janeiro de 2021.
O resultado de hoje veio um pouco acima das estimativas do mercado. O consenso Refinitiv projetava inflação de 0,54% em abril e de 4,1% no acumulado de 12 meses.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%. A taxa apurada ficou acima da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.
Todos os nove grupos de preços pesquisados pelo IBGE registraram variação positiva entre março e abril. A maior alta foi do segmento de saúde e cuidados pessoais, com variação de 1,49% e impacto de 0,19 ponto percentual no índice geral.
Veja a variação de todos os grupos pesquisados
Saúde e cuidados pessoais: 1,49%
Vestuário: 0,79%
Alimentação e bebidas: 0,71%
Transportes: 0,56%
Habitação: 0,48%
Despesas pessoais: 0,18%
Artigos de residência: 0,17%
Educação: 0,09%
Comunicação: 0,08%
Inflação
Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país. Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda.
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras.