Com o ex-presidente Jair Bolsonaro a caminho do cadafalso para se tornar inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) face aos processo que responde naquela Corte, o bolsonarismo, o movimento político que segue o ex-mandatário, já trabalha coma ideia de indicar um sucessor para os próximos embates eleitorais.
É o que aponta pesquisa publicada neste sábado (27) pelo Instituto Paraná Pesquisas, de Curitiba, que publicou levantamento sobre a percepção da sociedade a respeito de quem seria o “sucessor político” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso ele se torne de fato inelegível.
A pesquisa foi feita nos 26 estados brasileiros, incluindo o Acre, e o Distrito Federal, nos dias entre 16 e 21 de maio. A margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais, considerando um grau de confiança de 95%.
Os nomes que aparecem como possíveis herdeiros do bolsonarismo, com seus respectivos percentuais, são os seguintes:
-Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo: 25,8%;
-Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama: 14,3%;
-Romeu Zema, governador de Minas Gerais: 9,3%;
-Flávio Bolsonaro, senador: 8,2%;
-Ratinho Junior, governador do Paraná: 6,8%.
As especulações em torno desses nomes começaram a partir do fato de o TSE está prestes a julgar uma ação que pode inviabilizar uma candidatura de Bolsonaro em 2026. Em abril, o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou a favor da inelegibilidade no âmbito da ação que apura a reunião promovida pelo ex-capitão com embaixadores em julho de 2022, para questionar a qualidade técnica das urnas eletrônicas e duvidar de um resultado eleitoral adverso, como ocorreu. O caso foi aberto a pedido do PDT e é o mais avançado processo contra Bolsonaro na Justiça Eleitoral.
O MPE entendeu que o discurso de Bolsonaro atacou as instituições eleitorais, de modo a abalar a confiança da população, e resultou em uso indevido dos meios de comunicação, abuso de autoridade, abuso de poder político e desvio de finalidade, razão pela qual ele pode ter os direitos políticos cassados.