Após reunião com trabalhadores da educação, Governo aumenta proposta de reajuste

Essa é a terceira proposta do Estado aos trabalhadores da educação, que estão em greve desde o dia 17 de maio

O Governo do Amazonas aumentou a proposta de aumento salarial para os trabalhadores da educação para 15,19%, após nova reunião com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinteam), na quarta-feira (31). Esta é a terceira proposta que o estado apresenta aos profissionais, que estão em greve desde o dia 17 de maio.

Em greve, professores e outros profissionais da educação fazem protesto em frente à sede do Governo do Amazonas — Foto: Jucélio Paiva/Rede Amazônica

O Sinteam informou que vai realizar uma assembleia com os profissionais para analisar a nova resposta.
Segundo o sindicato, o Governo do Amazonas propõem que os 15,19% sejam de forma escalonada, sendo que 8% seriam pagos de forma imediata, 3% em outubro, e 4,19% em maio de 2024. Os trabalhadores da educação reivindicam 25% de aumento salarial.

Na nova proposta, o Estado também promete devolver os valores descontados dos salários dos trabalhadores, desde que a greve seja encerrada imediatamente. Até agora, o governo descontou 10 dias dos 12 dias de greve.

Segundo a Justiça do Amazonas, a paralisação é irregular e por isso, bloqueou as contas do Sinteam e de todas as representações do sindicato no interior, além de autorizar o desconto das faltas dos trabalhadores em greve.

O sindicato informou que vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça e pediu doação de cesta básica para os trabalhadores que tiveram os maiores descontos. O Sinteam afirmou que o Estado garantiu, ainda:

  • Enquadramento vertical (por titularidade) de imediato e horizontal condicionado a estudo de impacto de folha para 2024
  • Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR): construção imediata de comissão para revisão com garantia da participação dos representantes dos trabalhadores;
  • Calendário de reposição com participação dos trabalhadores.

Outras propostas

Em greve, professores e outros profissionais da educação fazem protesto em frente à sede do Governo do Amazonas — Foto: Jucélio Paiva/Rede Amazônica

A primeira proposta do Governo do Amazonas saiu em 21 de maio, quando o estado ofereceu 8% de reajuste salarial. No entanto, os trabalhadores da educação se reuniram em assembleia e recusaram a proposta. A segunda proposta, aconteceu em 29 de maio, quando o governo ofereceu 14% de aumento salarial, 16% menor do que o pedido pela categoria. A categoria se reuniu e recusou a proposta.

Greve

Os trabalhadores da rede pública estadual estão em greve desde o dia 17 de maio. A paralisação é liderada pelo Sinteam. Na segunda (29), um grupo protestou em frente à sede do Governo do Estado, em Manaus.

De acordo com a entidade, a data-base 2023 dos trabalhadores venceu no dia 1º de março. A instituição afirma, ainda, que a data-base de 2022 também está atrasada. Integram o movimento grevista merendeiros, servidores administrativos, vigias, profissionais de serviços gerais, professores e pedagogos.

Greve dos professores em Manaus. — Foto: Divulgação/Sinteam

Os profissionais reivindicam 25% de reajuste salarial. O Sinteam também pede reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade; revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração; e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados. Desde o início da greve, os representantes do sindicato e do Governo do Amazonas se reuniram três vezes. Sem acordo com o Estado, que ofereceu 8% de reajuste e depois 14%, os profissionais da educação decidiram manter a paralisação.

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