“Caminho será longo”, diz Marina sobre o desmatamento na Amazônia

Dados sobre os biomas no Brasil foram divulgados na última semana

O desmatamento na Amazônia reduziu em 31% no acumulado de janeiro a maio de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgados na última quarta-feira (7).

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, a acreana Marina Silva, divulgou a informação no perfil do Instagram e afirmou que desde o primeiro dia de gestão está sendo empreendido “um grande esforço para que o Brasil possa recuperar a força de proteção das suas florestas”. Além disso, a ministra também relembrou a meta de desmatamento zero até 2030.

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante entrevista para Agência Brasil/Foto: Agência Brasil

Segundo Marina, os resultados começam a aparecer, principalmente na Amazônia. “Sabemos que o caminho de consolidação do controle ao desmatamento, seja na Amazônia e nos demais biomas, ainda será longo”.

A ministra disse ainda que após o relançamento do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), no Dia Mundial do Meio Ambiente, foi iniciado as ações para estruturação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado, que foi apontado como um dos biomas mais ameaçados do Brasil.

“O nosso compromisso é para que o Cerrado, berço das águas brasileiras, continue vivo”, finalizou.

Desmatamento na Amazônia

Segundo os dados, foram 1.986 quilômetros quadrados (km²) de área desmatada nos primeiros meses deste ano contra 2.867 km² entre janeiro e maio de 2022. Esse número representa uma reversão da tendência de desmatamento, que chegou a aumentar 54% no segundo semestre do ano passado.

Foto: Juan Diaz/ContilNet

PPCDAm

No início desta semana, o governo federal lançou a nova edição do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento da Amazônia Legal (PPCDAm), que vinha sendo discutido desde o início do ano e foi submetido a consulta pública em abril, com mais de 500 sugestões recebidas.

O documento estabelece mais de 130 metas a serem alcançadas até 2027, incluindo embargo de áreas desmatadas, suspensão de cadastros irregulares, aplicação de multas, contratação de pessoal, aumento da fiscalização de áreas, regularização fundiária, entre outros.

O plano inclui também metas para estimular atividades produtivas sustentáveis, como criação de selos de agricultura familiar e bioeconomia, programas de manejo florestal e ecológico, inventivo ao etnoturismo na Amazônia, entre outros. Também prevê a criação de novas unidades de conservação, destinação de florestas públicas federais e regularização de povos e comunidades tradicionais.

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