Pimenta: caravana com Gladson, Gonzaga e Socorro Neri na BR-364 prevê 11 horas de estrada

Programação prevê paradas apenas para o café da manhã, em Sena, e almoço em Feijó

BR-364. Foto: Reprodução

Supresa!

O prefeito Tião Bocalom (PP) é do tipo que por tanto se esforçar, às vezes é obrigado a improvisar e, improvisando, as ações acabam até dando algum resultado. Foi o que ocorreu nesta terça-feira (27), quando, estando em Brasília, resolveu dar uma passada no gabinete de seu amigo Geraldo Alckmin, que vem a ser o vice-presidente da República e ministro da Indústria, Comercio, Desenvolvimento e Serviços. Ocorre que Alckmin estava em Portugal, mas mesmo assim Bocalom não perdeu tempo e trocou figurinhas com o chefe da Assessoria Parlamentar da Vice-Presidência, Gustavo Guimarães.

Memórias

Tião Bocalom e Geraldo Alckmin foram parceiros no PSDB numa época em que os tucanos voavam em rumos diferentes de acordo com as alianças regionais. Assim, Geraldo Alckmin era adversário do PT em São Paulo e Bocalom era secretário tucano no Governo do petista Jorge Viana. No Acre o PSDB fazia parte da Frente Popular e tinha como vice-governador o tucano Édison Cadaxo. Tudo isso foi lembrado no gabinete do vice. O assessor de Alckmin transmitiu a Bocalom as mensagens de afeto e recordações do antigo correligionário, que atualmente é filiado ao PSB. Bocalom devolveu as gentilezas e aproveitou para falar sobre alguns projetos que a prefeitura de Rio Branco tem em alguns ministérios, como o da construção de quatro creches.

Dignidades

“Temos esse projeto no Ministério da Educação para a construção dessas quatro creches para somar com as quatro que vamos construir com recursos próprios. Precisamos muito da ajuda de vocês para que isso seja viabilizado”, disse o prefeito. “Fico feliz por termos um amigo aqui em Brasília como vice-presidente e ministro e tenho certeza que nossa Rio Branco vai ser contemplada com a ajuda daqui. Fico feliz também em conhecer o Gustavo e saber que desde a época do PSDB, ele nos admirava e torcia que fossemos vitoriosos nas nossas disputas eleitorais. Sabemos que podemos contar com ele também” completou o prefeito que aproveitou a oportunidade para entregar ao assessor Gustavo uma cópia do projeto “1001 Dignidades”.

Na CPI

Atendendo pedido do relator da CPI das ONGs, senador Marcio Bittar (União/AC), os senadores componentes da comissão aprovaram nesta terça-feira (27) a convocação de todos os governadores e prefeitos de capitais da Região Norte a prestarem informações sobre contratos e parcerias feitas com organizações da sociedade civil entre 2002 e 2023. Portanto, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom e o governador do Acre, Gladson Cameli, deverão ser convocados para depor na comissão. Ao Portal do Senado Federal, Bittar disse que as solicitações são semelhantes aos requerimentos aprovados na terça-feira passada (20) para prestação de informações por órgãos como Tribunal de Contas da União (TCU), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Controladoria-Geral da União (CGU).

Prazo

A CPI das ONGs, instalada em 14 de junho, terá 130 dias para investigar a liberação de recursos públicos para ONGs e OSCIPs. Ainda não há data para a convocação de Bocalom e Gladson. A CPI é composta por onze titulares e sete suplentes, entre eles senadores de oposição e da base do presidente Lula, como Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Beto Faro (PT-PA) e Teresa Leitão (PT-PE). A instalação da CPI demandou três tentativas do senador Plinio Valério, do PSDB do Amazonas. Na última votação ele conseguiu 37 votos a favor, 10 votos a mais do mínimo exigido pelo regimento do Senado.

Fachadas

“Não vamos demonizar nenhuma ONG, não é esse o objetivo. Existem ONGs sérias e estas serão preservadas. O que vamos investigar são as denunciadas, que pegam dinheiro lá fora ou aqui mesmo no Brasil, não prestam contas e gastam entre si 85% do que arrecadam. Essas ONGs prestam um grande desserviço, principalmente à Amazônia”, disse Valério ao explicar o teor da CPI anteriormente. Ainda segundo o presidente, a CPI irá investigar também utilização inadequada de recursos enviados pelo governo federal, além de apurar possíveis entidades de fachada.

Amazônia

De acordo com o senador Marcio Bittar, a CPI das ONGs poderá esclarecer muito sobre a relação destas entidades com os financiadores estrangeiros, principalmente na região amazônica. “Todo mundo no Brasil acha que sabe tudo sobre a Amazônia, mas não sabe nada. Quase todo mundo do Brasil e de fora fala como se soubesse tudo, mas quanto mais a gente lê relatórios, estuda, vê o nível de manipulação”, comenta o relator em mensagem postada no seu Instagram. De acordo com Bittar, esta manipulação sobre dados da Amazônia justificam que a CPI priorize estas região em seus trabalhos.

Ingerência

Para o senador Marcio Bittar, a CPI poderá ser estendida para outras regiões e ecossistemas assim que deixar claro como as ONGs atuam na Amazônia. “Se concentrar sobre um território que é mais da metade do território nacional já está bom. Mas, se ao final conseguirmos deixar claro o que está acontecendo nesta região a CPI poderá propor requerimento para ampliar as investigações”, ponderou Bittar. O parlamentar disse que nenhum governo brasileiro, seja Bolsonaro ou Lula, pode deixar entrar dinheiro no Brasil, venha de onde vier, sem que haja controle e fiscalização porque só o governo brasileiro determina o que é prioridade ou não e o que é ingerência externa sobre o Brasil.

Rally

A caravana de Rio Branco a Cruzeiro do Sul na próxima sexta-feira (30), para verificar a extensão das obras a serem executadas está ganhando ares de um grande acontecimento ou, como dizem os gringos, um happening. Governo do Estado, Assembleia Legislativa e até a Comissão de Transporte da Câmara Federal, representada pela deputada Socorro Neri (PP) estão confirmando presenças. O superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, considera que a iniciativa da Aleac veio no melhor momento. Ele agradeceu ao presidente da casa, Luiz Gonzaga (PSDB) e ao primeiro secretário Nicolau Júnior (PP), por organizarem a logística da viagem.

Recursos

“Agradeço aos deputados Luiz Gonzaga e Nicolau Júnior pelo convite e pela iniciativa de irmos juntos vistoriar o trecho mais importante de uma rodovia federal aqui no Acre. Quero informar a toda a população que nossas equipes estão trabalhando no trecho e que as condições de tráfego já melhoraram bastante“, garantiu o Ricardo Araújo, ratificando que o órgão tem R$ 170 milhões em caixa para as obras de revitalização.

Inflação

A decisão de organizar a caravana para percorrer os 672 km entre a capital e o Juruá, de acordo com o primeiro secretário Nicolau Júnior, foi para que os parlamentares, governo, Federações e órgãos de controle, possam ver de perto a situação atual da rodovia. “A recuperação da estrada é uma das obras mais importantes em andamento no estado. Vamos verificar o trabalho das frentes de serviço e mapear junto com o Dnit os pontos que precisam das obras mais urgentes. Eu sou do Juruá e sei da importância dessa estrada pra quem mora lá. Os preços subiram na região justamente por causa das condições da rodovia. Vamos unir forças para tornar a 364 trafegável novamente“, disse Nicolau.

Diário de viagem

A Aleac vai elaborar um relatório da visita técnica e colocar a disposição da bancada federal, para sustentar a liberação de mais recursos financeiros para as obras, segundo explica o presidente da Casa, deputado Luiz Gonzaga. “Uma equipe técnica da Aleac vai nos acompanhar e elaborar um relatório com base nos apontamentos dos deputados. A 364 é uma causa de todos os parlamentares e não vamos ficar de braços cruzados enquanto a população pede ajuda. Nossa gratidão ao Dnit que abraçou essa proposta”, falou Gonzaga.

11 horas

Segundo a programação, os participantes deverão se reunir nas imediações do Lago do Amor de onde a caravana partirá às 6 horas com previsão de café da manhã em Sena Madureira, às 8h e almoço em Feijó, às 13h. Na capital do Açaí a caravana se reunirá com os prefeitos da regional Purus/Envira/Tarauacá. Não há previsão de nenhuma outra parada após o almoço quando a caravana parte de Feijó às 14h devendo chegar em Cruzeiro do Sul às 17h.

Gás

O Ministério Público Federal não deixou barato o lapso do comando do 4º BIS (Batalhão de Infantaria de Selva) pela bomba de gás lacrimogênio detonada em área residencial com forte impacto sobre a saúde dos moradores. O órgão instaurou procedimento para apurar responsabilidades do comando pelo incidente que causou irritação nos olhos e outras alergias nos moradores do bairro do Bosque. O caso correu dia 23 passado, mas só ontem o MPF divulgou a investigação. O 4º BIS informou que realizava a finalização de um curso de instrução para cabos militares, onde era usado gás, que acabou não tendo o controle desejado. Os militares informaram que o gás não era letal e que estava sendo usado para fins de treino da academia.

Lago do BEC

O senador Alan Rick (União) está bastante empolgado com uma antiga aspiração dos políticos acreanos em estadualizar a propriedade do 7º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção) encravado entre a Rua Isaura Parente e a Avenida Nações Unidas. “Seguimos trabalhando para a realização do sonho de termos um grande Parque Urbano ali na área do 7° BEC, ao redor daquele lindo lago, e o alargamento da Avenida Getúlio Vargas e da Rua Isaura Parente”, comentou Alan Rick em suas redes sociais. O senador sonha em ver aquela área transformada em um parque com toda uma gama de equipamentos de lazer e esportes ao redor do belíssimo lago com formato de peixe. Não faltarão engraçadinhos para fazer trocadilhos com a sigla do “sétimo beck”.

Tratativas

Se muito político já cogitou desapropriar e despachar o 7º BEC, Alan Rick não só pensou como está atuando com firmeza. “Hoje (26/06) estive com o secretário de Obras do governo, Ítalo Almeida, e sua equipe. Eles mostraram como está o andamento do projeto. Está caminhando, meus amigos! Continuarei as tratativas, em Brasília, para a concessão da área junto ao Ministério da Defesa, alocarei os recursos e se Deus quiser tornaremos esse sonho uma realidade. O Parque terá pistas de caminhada, de ciclismo, centro de convenções, a Vila Militar, quadras cobertas, espaços para as nossas feiras de economia solidária, restaurantes e outros comércios, playground inclusive…tudo isso com muita arborização. Conseguem imaginar?”

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