Jogador foi morto a tiros e criminosos usaram serra elétrica para ocultar o cadáver

Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, de 19 anos, teve parte do corpo encontrado no rio Iguatemi, em Sete Quedas, nesse domingo (2). O jovem ficou desaparecido por sete dias

Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, de 19 anos, está desaparecido. — Foto: Reprodução/Redes sociais

Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, de 19 anos, está desaparecido. — Foto: Reprodução/Redes sociais

De acordo com a Polícia Civil, o jogador Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, de 19 anos, desaparecido por sete dias após ter ido a uma festa em Pindoty Porã, no Paraguai, foi vítima de um crime passional – crime que é cometido motivado por uma grande emoção ou sentimento de posse em relação à vítima.

A delegada do caso informou ao g1, que o jovem foi morto com três tiros e para a ocultação do corpo os suspeitos teriam utilizado uma serra elétrica e uma serra fita para cortar o corpo.

“Ele já havia levado 3 tiros, utilizaram instrumentos para ocultação do corpo”, disse delegada.

As investigações ainda apontam que o corpo foi esquartejado em pequenos pedaços. Nesta manhã de terça-feira (4), parte da cabeça do jogador foi encontrada.

“Estão tentando conseguir todas as partes, mas como as partes foram muito pequenas, estão ainda em busca; é provável que hoje, no máximo amanhã, terminem de encontrar. Nos três primeiros dias, as buscas são submersas, após isso, por conta da tendência dessas partes do corpo em boiar, seguem desde então em buscas na superfície”, informou o Corpo de Bombeiros.

Os restos mortais de Hugo foram encontrados no rio Iguatemi, em Sete Quedas, no domingo (2).

Local onde partes do corpo do jogador foram encontradas. — Foto: Reprodução

Local onde partes do corpo do jogador foram encontradas. — Foto: Reprodução

Suspeitos

Nessa segunda-feira (3), um suspeito de participar do assassinato do jogador foi preso. Outras cinco pessoas suspeitas de participarem do crime devem ser presas preventivamente nesta terça-feira (4).

Além do suspeito preso, a polícia apreendeu instrumentos e veículos que podem ter sido usados no crime. O material foi coletado e encaminhado para analise.

Linha do tempo

O atleta de 19 anos desapareceu na madrugada do dia 25 de junho, após sair de uma festa no município vizinho de Pindoty Porã, no Paraguai e ser deixado por amigos próximo a casa da ex-namorada. Assista ao vídeo acima.

Após sete dias de muitas buscas e mobilização até da cantora Ana Castela, para encontrar o jogador, partes do corpo de Hugo foi encontrado no domingo (2), no rio Iguatemi, em Sete Quedas (MS).

Os restos mortais foram encontradas durante uma operação de força-tarefa envolvendo as polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).

O reconhecimento foi feito a partir de uma tatuagem que o Hugo tinha no braço, com o nome do pai, falecido há cerca de 2 anos. As partes do corpo foram levadas para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) e ainda não foram liberadas.

Quem é Hugo Vinicius Skulny Pedrosa?

 

Hugo jogava desde criança e sonhava com uma oportunidade no futebol profissional. — Foto: Reprodução

Hugo jogava desde criança e sonhava com uma oportunidade no futebol profissional. — Foto: Reprodução

Apaixonado pelo futebol desde criança, e flamenguista roxo, foi na posição de atacante que o jovem se descobriu. De acordo com a prima do jogador, Andressa Skulny, o jovem morava com a avó materna e o irmão e não tinha atrito com ninguém.

“Moramos na fronteira seca, então ele só atravessou a rua e foi para essa festa, às 3h da manhã nossa avó ligou para ele, ele disse que a noite estava muito tranquila e legal e que logo chegaria em casa, que era para ela não se preocupar, mas ele não voltou, ele nunca mais vai voltar”, relata a prima, emocionada.

Em 2021, o atleta disputou o sub-17, pelo Seduc, onde foi destaque de partidas e até campeão na Copa Itu de Futebol Menores, em São Paulo.

“Ele fez parte do elenco de 2021, ele foi campeão da Copa Itu de Futebol Menores, em São Paulo. Ele também disputou a competição Ramom Pereira, em Campo Grande, por dois jogos ele foi considerado o melhor da partida. Era um garoto promissor, estava correndo atrás do sonho, sempre fazendo avaliações, tinha um comportamento exemplar”, relatou ao g1, o presidente do Seduc, Wilson Lima.

Hugo cursava a graduação de Educação Física de maneira remota e sonhava em viver do esporte.

“Ele estava no primeiro ano da faculdade, estava jogando como nunca, e sonhava em logo se destacar e conseguir entrar em um time grande, ele era até um pouco impaciente para conquistar seus objetivos logo”.
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