Um dos maiores ícones do Teatro Brasileiro, o dramaturgo, diretor, ator e encenador Zé Celso, morreu nesta quinta-feira (6), em São Paulo, aos 86 anos.
Zé Celso precisou ser internado na última terça-feira (4), após um incêndio no apartamento onde morava. O dramaturgo foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas. Ele teve 53% do corpo atingido por queimaduras, ficou sedado, entubado e com ventilação mecânica.
O velório de Zé vai ocorrer no Teatro Oficina. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decretou luto de três dias na cidade.
O legado de Zé Celso percorreu o país inteiro e no Acre, artistas foram às redes sociais para lamentar a morte do dramaturgo.
Sérgio de Carvalho, diretor do filme acreano “Noites Alienígenas”, agradeceu ao trabalho de Zé e usando o grito conhecido no Teatro para evocar Baco, Deus do Teatro, homenageou o dramaturgo. “Evoé sua vida, sua arte, sua festa, seus caminhos”.
Nolram Rocha, ator do Acre que integrou a companhia do Teatro Oficina, se declarou ao rei do Teatro Brasileiro. “Meu amor eterno a você, Zé”.
O professor do curso de Teatro da Universidade Federal do Acre, Écio Rogério disse que “Tudo isso é muito triste”.
Além de personalidades da comunidade artística do Acre, a partida de Zé também foi lamentada por políticos. A ministra do Meio Ambiente de Mudança do Clima, acreana Marina Silva, disse em rede social que o dramaturgo “foi uma inteligência inquieta e libertária e, por isso, sofreu durante o período ditatorial e incomodou acomodações tradicionalistas sempre”.
Zé Celso foi uma inteligência inquieta e libertária e, por isso, sofreu durante o período ditatorial e incomodou acomodações tradicionalistas sempre.
Provocou e fez pensar, ofereceu arte e contestação.
Que o legado que ele nos deixou, vire memória e continue a influenciar as… pic.twitter.com/8xOUw5Guqa
— Marina Silva (@MarinaSilva) July 6, 2023