Com rios do Acre contaminados por mercúrio, MPF investiga danos a indígenas

O consumo de peixes é essencial para a sobrevivência da maioria da população indígena no Acre

O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para investigar a possível contaminação de rios e peixes por mercúrio no estado do Acre e as possíveis consequências às comunidades indígenas, que sobrevivem destes rios.

Diante da situação, o MP enviou ofícios à Polícia Federal no Acre, à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) – Coordenações Regionais Juruá e Alto Purus, Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Juruá e Alto Rio Purus, Secretaria de Estado da Saúde do Acre, WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) solicitando informações e dados que possam contribuir com a investigação.

Os órgãos têm o prazo de 15 dias para enviar as informações.

Acre tem uma das maiores taxas de peixes contaminados por mercúrio. Foto: Reprodução

De acordo com o procurador da República, Lucas Costa Almeida Dias, a contaminação coloca em risco, sobretudo, os povos indígenas. O consumo de peixes é tradicional e essencial para a sobrevivência da maioria da população indígena no Acre e essa contaminação pode causar doenças neurológicas, além de outras com sintomas gastrointestinais, renais, e até a morte.

LEIA AQUI: Acre tem uma das maiores taxas de peixes contaminados por mercúrio; veja riscos

Um estudo divulgado em maio, feito por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Greenpeace, Iepé, Instituto Socioambiental e WWF-Brasil, revelou que o Acre tem uma das maiores taxas de peixes contaminados por mercúrio (dentre outros seis estados que fazem parte do estudo), com concentração do metal 31,5% acima do permitido.

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