Os casos de desaparecimento no Acre têm aumentado a cada ano. Segundo os dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na última quinta-feira (20), os registros de desaparecidos no Acre aumentaram em 57%.
Os dados mostram que em 2022 foram registrados 384 desaparecimentos, enquanto em 2021 foram 244 casos. O índice das taxas a cada 100 mil habitantes é de 46,3.
Dentre os números, há também os dados de pessoas localizadas. Em 2021, foram encontradas 9 pessoas, enquanto em 2022, o número aumentou para 15.
Segundo o documento, as informações sobre pessoas localizadas foram fornecidas por cada estado. No entanto, não foi possível apurar como o registro é realizado: qual o documento de base (por exemplo, Boletim de Ocorrência); se diz respeito a pessoas localizadas vivas ou mortas; se o encontro está ou não vinculado a eventos de desaparecimento previamente reportados; a que ano se refere o desaparecimento eventualmente antes reportado, ou seja, em que ano essa pessoa foi dada como desaparecida.
Assim, os registros de pessoas localizadas nos anos de 2021 e 2022 não correspondem, necessariamente, aos casos de pessoas desaparecidas registrados no referido período.
MP
O Ministério Público disponibiliza um canal para que o cidadão possa fazer o registro de pessoas desaparecidas. A novidade está disponível no site do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), disponível no site https://sinalid.mpac.mp.br/.
Para fazer a comunicação, basta ter em mãos o boletim de ocorrência em que o desaparecimento tenha sido comunicado. Com isso, qualquer cidadão comum que tenha registrado um boletim de ocorrência de desaparecimento consegue inserir esses dados no sistema. Porém, é importante destacar que esse sistema não substitui a investigação da Polícia Civil, apenas cria um fluxo e um banco de dados para esses perfis, que podem ser acessados por órgãos de outros estados.