Cinco crenças culturais que podem estar afetando sua relação com o dinheiro

Já parou para refletir o que há por trás das suas preocupações com o dinheiro?

Todos nós somos movidos por desejos inconscientes e muito das nossas apreensões com relação ao dinheiro mascaram as verdadeiras motivações internas. Para encontrar respostas mais assertivas é preciso compreender a origem das nossas atitudes e comportamento financeiro, especialmente aqueles que são reproduzidos conforme o comportamento majoritário das pessoas ao nosso redor.

Vejamos a seguir algumas crenças culturais que podem estar interferindo nas nossas vidas:

  1. Bagagem histórica

Entre as décadas de 80 e 90, o Brasil viveu uma época de hiperinflação (definida como um período de tempo em que o nível médio de preços de bens e serviços aumenta mais de 50% ao mês), o que fez com que as gerações anteriores associassem consumir rapidamente a proteção da sua capacidade de compra, a cultura do imediatismo, que possivelmente tenha sido repassada para as gerações seguintes.

  1. Consumir para criação de laços

Nosso cérebro tem a percepção de que Consumir seja algo prazeroso, enquanto Poupar, é doloroso. Consumir tem valor afetivo, justificando dívidas e dificultando a real percepção do gasto como endividamento.

Consumir/gastar é um atributo apreciado pela cultura brasileira, pensamos mais no que os outros irão pensar de nós do que nas nossas próprias opiniões/desejos/necessidades.

  1. Poupar x Investir

Poupar simboliza segurança, por isso milhares de brasileiros ainda preferem a caderneta de poupança para aplicar suas economias, por ser no imaginário delas, um lugar seguro. Já investir remete a risco e nós seres humanos temos aversão à perda e associamos erroneamente risco à perda.

  1. Crédito x Empréstimo

Quem tem crédito tem credibilidade, aprovação social (sentimento positivo). Quem adere a um empréstimo é percebido em geral como alguém que foi imprudente ou esta passando por dificuldades (nosso cérebro geralmente não pensa que o empréstimo também pode ser uma forma de se alavancar usando recursos de terceiros), sentimento negativo. Como o crédito remete a algo positivo, muitas vezes pode remeter ao problema de complementação de renda por meio dele. E depois ter que tomar empréstimos para quitar dívidas feitas no cartão de crédito, por exemplo, iniciando assim um ciclo de bola de juros contra você.

  1. Financiamento da casa própria

Outro exemplo de regra social no país é a de financiar a casa própria. Decisão tomada muitas vezes de forma precipitada, lembrando que a casa só se torna sua de verdade, após a quitação da compra. Em outras palavras, esse sonho pode disfarçar o superendividamento dessa decisão, muitas vezes.

Frisando que nossa mente é voltada a confirmar aquilo que previamente nós acreditamos.

Agora que você já conheceu essas crenças culturais, sua mente se expandiu para outros horizontes e a partir dessa dose suas decisões vão ser tomadas com outro olhar.

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