No estado da Flórida, nos Estados Unidos, uma mulher de 36 anos foi condenada a mais de quatro anos de prisão após aplicar um golpe em um idoso de 87 anos que sobreviveu ao Holocausto. A valor desviado ultrapassa US$ 2,8 milhões, o equivalente a R$ 13,2 milhões.
A sentença que condenou Peaches Stergo foi divulgada nessa quinta-feira (27/7). De acordo com informações divulgadas pela Justiça, a mulher utilizou as economias do idoso para bancar viagens luxuosas, comprar um barco e carros de luxo, além de custear as despesas para morar em um condomínio fechado.
Além de consumir as economias do idoso, os repasses forçaram ele a vender o próprio apartamento. Enquanto isso, Peaches Stergo gastava milhares de dólares em refeições caras, joias e roupas das grifes de luxo mais conhecidas do mundo. A Justiça também enfatizou a compra de moedas e barras de ouro com a quantia.
De acordo com o procurador Damian Williams, a mulher enganou um idoso que estava procurando por companhia. “Ela usou os milhares de dólares obtidos com golpe para viver uma vida de luxo às custas da vítima”, disse.
Eles se conheceram em um site de encontros há aproximadamente sete anos. A mulher passou a pedir que o idoso emprestasse dinheiro para pagar um advogado, que estaria pedindo o recurso para liberar uma quantia bloqueada em juízo.
Por mais de quatro anos, a mulher pedia novos repasses, com a desculpa de que, se não depositasse, o dinheiro bloqueado jamais seria paga. Ao todo, o idoso assinou 62 cheques que somaram U$ 2,8 milhões, o que equivale a R$ 13,2 milhões na conversão atual.
Para convencer o idoso da veracidade da história, a golpista criou um e-mail falso de um funcionário de banco, além de enviar faturas e cartas para a vítima.
Enquanto o enganava, a mulher debochava dele por mensagens de textos enviadas a seu verdadeiro namorado. Em uma das conversas obtidas pela investigação, Peaches lamentou não ter obtido mais dinheiro e disse: “Eu não quero trabalhar. É tão difícil”.
Além da condenação à prisão por quatro anos e três meses, a mulher terá que pagar uma restituição pelos prejuízos de mais de U$ 2,8 milhões.