O que deveria ser uma operação da Polícia Civil relacionada ao combate aos crimes de exploração sexual infantil com armazenamento de imagens em banco de dados eletrônico, acabou por se revelar em práticas criminosas de descaminhos e contra o Sistema Tributário Nacional, o que passou a ser apurado pela Polícia Federal no Acre.
Como resultado da operação foram apreendidos produtos de origem duvidosa avaliados em quase R$ 1 milhão.
O caso foi registrado no bairro da Cerâmica, em Rio Branco. Numa residência cujos moradores eram suspeitos de armazenar imagens de exploração sexual infantil, a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav), fazia buscas por dispositivos eletrônicos (HDs, smartphones, pen drives) que pudessem conter arquivos relativos à exploração e abuso infantil, bem como outros materiais ilícitos. O bote acabou por revelar a prática de outros crimes.
Na residência, os policiais se depararam com vários objetos de origem duvidosa, dos quais chamaram atenção: cerca de 140 pneus de caminhões novos, de marca não vendida no Brasil, um revólver sem registro, munições, e aproximadamente R$ 72 mil em espécie.
Acreditando que todo aquele material poderia ter relação com outros crimes não relacionados à DECAV, foi feito a comunicação da situação ao Departamento de Polícia da Capital e do Interior (DPCI), que deslocou homens até o local para dar prosseguimento à busca.
Após analisar a situação, verificou-se que os crimes pertinentes seriam de responsabilidade da Polícia Federal.
Em seguida, a Polícia Civil e a Polícia Federal agiram em conjunto para a retirada do material, cuja origem era duvidosa, sendo encaminhados para a Receita Federal. Estima-se que todo o material apreendido seja avaliado em torno de R$ 1 milhão .