Para polícia, médico encontrado amarrado em casa morreu há pelo menos quatro dias

Gabriel Paschoal Rossi estava desaparecido desde 26 de julho; agentes encontraram manchas de sangue nas paredes, no chão e em sacos plásticos

O médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, foi encontrado morto numa casa de Dourados, no Mato Grosso do Sul, na manhã desta quinta-feira (3). O profissional de saúde estava desaparecido desde 26 de julho, quando deixou o plantão no Hospital da Cassems, na mesma cidade, a pouco mais de 230 quilômetros da capital do estado, Campo Grande. A Polícia Civil investiga o caso.

De acordo com o delegado Erasmo Cubas, que coordena a apuração da morte, agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar começaram a procurar pelo médico nesta quarta-feira (2), depois que a família registrou o desaparecimento dele. Os investigadores descobriram que o carro de Rossi havia sido visto pela última vez retornando de Ponta Porã e não havia deixado a cidade de Dourados. O veículo foi achado em frente a uma casa, que era alugada por diária e onde estava o corpo do médico.

— A porta da casa estava encostada, já tinha um odor bem forte, o que levou a crer que havia alguém morto dentro dela. Entraram e encontraram ele lá, sem vida, com o corpo em estado putrefeito. A vítima estava deitada na cama, onde teria ocorrido o homicídio. Havia cordas que indicam sim que ele foi imobilizado, mas não sabemos se foi antes ou depois da morte — afirmou o delegado, ao GLOBO.

De acordo com Erasmo Cubas, ainda não é possível sequer especular o que aconteceu. No momento, a polícia já sabe que o homicídio ocorreu há pelo menos quatro dias.

Rossi tinha ferimentos na cabeça. Os agentes recolheram sacolas de plástico no local com vestígios de sangue. Também havia manchas de sangue nas paredes, no chão e outras muitas na cama. Os materiais recolhidos na cena do crime serão analisados para determinar a causa da morte e identificar possíveis suspeitos. Ainda não há previsão de oitiva de testemunhas.

Nascido no Rio Grande do Sul, Rossi se formou em março último pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Ele trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na Cassems e no Hospital da Vida.

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