A Mulher de Branco, uma das musas da Bossa Nova, morreu, ontem, no Rio de Janeiro

Ela andava pelas ruas da zona sul do Rio, sempre com uma flor e distribuindo sorrisos

Morreu, ontem, no Rio, Anamaria Carvalho, a Mulher de Branco, aos 75 anos. Uma das musas da Bossa Nova, ela ajudou a levar o ritmo para o mundo. Foi vizinha de Tom Jobim e foi casada com Marcos Valle nos anos de 1960. Em 1974, ela gravou um disco de rock psicodélico, em Buenos Aires, e assinou como Oriana Maria. Ganhou a alcunha de Dama de Branco e virou tema do documentário “A mulher de branco em Ipanema”, do jornalista Chico Canindé. É que Anamaria andava pela cidade vestida apenas com roupas brancas, de “luto japonês”, pela morte da avó.

Em 2011, no entanto, Anamaria passou a andar pelas ruas vestida apenas com a cor azul e, na época, explicou em repostagem:

“Eu me vestia de branco porque minha avó tinha falecido e o branco é o luto japonês. Embora eu não seja japonesa, eu não quis usar preto naquela época. A gente fica muito frustrado quando perde um parente que a gente gosta. Eu mudei do branco para o azul por causa de uma música de Wilson Simonal: “Vesti azul, minha sorte então mudou”‘. O azul é a cor da nobreza celestial”‘.

Anamaria Carvalho dizia que tinha três filhos biológicos e um adotivo: “A minha família está por aí. Eu os vejo quando Deus nos liga de novo. Netos,que eu saiba, ainda não tenho”, disse em uma entrevista.

O documentarista Canindé, na época do lançamento do documentário, declarou que acreditava que Anamaria teria saído de um lugar comum, criando o seu próprio universo, emparalelo, cheio de poesia e música. Nos anos de 1970, ela estava envolvida no movimento de contracultura. Anamaria morava em um apartamento em Ipanema. Vá em paz!

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