Os efeitos do aquecimento global são visíveis há anos e podem, inclusive, afetar a moradia das pessoas. Um exemplo disso aconteceu no estado norte-americano do Alasca. Uma casa na beira de um rio desabou após inundações causadas pelo derretimento de uma geleira na região.
Imagens impressionantes
O rio Mendenhall, na cidade de Juneau, capital do Alasca, registrou a maior subida de nível da história no último final de semana.
O fenômeno foi causado pelo desprendimento de um bloco de uma geleira que derreteu perto de Juneau.
Autoridades da cidade chegaram a emitir ordens para que moradores deixassem a região, segundo informações do G1.
Ninguém ficou ferido.
O nível da água do rio atingiu quase 4,6 metros no início da manhã de domingo (06).
O número representa um aumento de 91 centímetros em relação ao recorde anterior, de 2016, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos.
Veja o momento do desabamento:
Aquecimento global
As inundações por conta de desprendimento glacial acontecem quando a água aprisionada escapa por rachaduras em barragens de gelo cada vez mais finas.
De acordo com especialistas, isso tem sido cada vez mais comum em função das mudanças climáticas.
O mês de julho, por exemplo, foi considerado o mais quente da história da Terra.
As altas temperaturas no Hemisfério Norte causaram mortes e incêndios, principalmente na Europa e norte da África.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou a afirmar que o mundo já passou da fase do aquecimento global e agora vive a fase da “fervura global”.
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Geleiras estão derretendo mais rápido
Um grupo de cientistas em uma publicação recente da Nature Communications apontou que o ponto irreversível do degelo das calotas polares está mais próximo do que esperávamos.
Eles pontuam que o derretimento do gelo afeta os processos oceânicos e que, em um ciclo, alteram as camadas de gelo e a atmosfera.
Quando o gelo derretido, seja ele das geleiras terrestres ou das calotas polares, chega ao oceano, ele acaba parando na superfície da água.
Segundo os pesquisadores, esse fenômeno acarreta mudanças irreversíveis a 1,8° C e apenas mantendo o aumento da temperatura em 1,5° C é que o rápido degelo seria evitado.
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