O principal programa de jornalismo esportivo da Rede Globo de Televisão, o “Esporte Espetacular”, apresentado sempre aos domingos, na manhã deste domingo (20), em rede nacional, mostrará a história da freira católica Isabela da Cunha Ribeiro, de 23 anos, da Paróquia São José, de Rodrigues Alves, no interior do Acre.
Jogadora de futebol nas horas vagas, ela comparece aos campos e quadras de futebol envergando o hábito da Igreja Católica e, ainda assim, costuma dar assistências, seguidos de dribles e de fazer belos gols, que a consagraram na região do Juruá – e a partir de agora em todo o país, como “a freira artilheira”.
Ela joga no time “Jovens Missionárias (JM)” e se tornou conhecida ao ponto de chamar a atenção da Rede Globo como religiosa campeã e autora de vários gols nas competições de que participa no município do Vale do Juruá. A freira jogadora já havia sido mencionada em reportagens da maior emissora de TV do país em 28 de março deste ano.
Neste domingo, vai voltar a mostrar o talento futebolístico em rede nacional de televisão. A reportagem exibirá que ela tem agilidade para correr, fugir da marcação das adversárias e fazer gols, mesmo estando com o hábito, a roupa de freira inspirada em Maria, a mãe de Jesus Cristo, segundo a Bíblia.
A irmã Isabela joga futebol desde criança e atuou nos jogos escolares e também na seleção feminina do município de Porto Walter, onde nasceu.
“Na reportagem eu disse que não via nenhum erro em religiosas jogarem futebol, e ainda acrescentei que é no esporte que temos mais jovens envolvidas. E isso seria um despertar para algumas. Porém, muitas pessoas não sabem que freiras jogam bola. Uma realidade diferente. Na minha companhia também participam, jogando, 5 formandas que estão se preparando para a vida religiosa”, disse ela sobre a reportagem que vai ao ar nesta manhã deste domingo (20).
Sobre jogar com a roupa de freira, a irmã Isabela afirma que não se trata de uma ordem superior da Ordem Congregação das irmãs dominicanas de Santa Maria Madalena, e sim, uma decisão dela. “Desde que sou freira, há 6 anos, jogo de hábito. Algumas vezes atrapalha, sim, mas já estou acostumada com ele”, disse.