Após saída do MDB, Jarude perde vaga na CCJ e pede recontagem das cadeiras

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição, aproveitou para lembrar que Jarude está amparado pelo regimento interno da Casa

O deputado estadual Emerson Jarude saiu prejudicado ao deixar o MDB e escolher o NOVO como casa nova. Com a filiação, o parlamentar perdeu a cadeira como membro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), já que a vaga pertence a bancada do MDB, por conta de acordos firmados entre os partidos

Jarude informou que foi pego de surpresa ao saber da sua retirada da CCJ minutos antes da sessão parlamentar desta terça-feira (22).

“Eu apresentei um memorando para que caso essa retirada acontecesse, a gente fizesse a recontagem em todas as comissões. Por isso eu peço que a gente faça a recontagem inserindo as vagas do partido Novo, destacando que o MDB com a minha saída, ele não faz mais parte da CCJ. Porque na ordem ele é o 7º partido”, disse.

Deputado Emerson Jarude. Foto: Juan Diaz/ContilNet

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição, aproveitou para lembrar que Jarude está amparado pelo regimento interno da Casa.

“Se qualquer partido pedir a revisão das comissões em função de uma mudança, se suspende tudo para poder revisar, e só depois pode tramitar um projeto de lei”, explicou.

Porém, Edvaldo disse ainda que a composição das bancadas foi feita por construções políticas, e que os acordos precisam ser seguidos. O parlamentar defendeu que um novo acordo político precisa ser firmado entre os partidos, já que a decisão ‘radical’ de revisão, atrapalharia o governo, que seria prejudicado pelo entrave de apreciação de matérias, até mesmo Jarude, que poderia perder participação nas comissões. “É mais fácil um bom acordo, do que uma grande briga”.

A mesma opinião teve o deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), que defendeu que os acordos firmados entre os partidos no início da atual legislatura sejam mantidos.

O vice-presidente da Casa, deputado Pedro Longo (PDT), lembrou que trocas de membros de comissões são comuns na Aleac, e que mesmo com a saída de Jarude, com o acordo político firmado, o MDB segue com a vaga na CCJ. Longo acompanhou Edvaldo, dizendo que uma recontagem geral das comissões poderia trazer problemas para o funcionamento da Casa.

Após muita discussão, o presidente da Mesa, deputado Luiz Gonzaga, informou que deverá ser feita uma reunião, posteriormente, para definir a solução para o problema.

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