De acordo com os romanos, a moça seria uma representação de Ceres (ou Deméter, na mitologia grega), a patrona das plantas, do solo fértil, da agricultura e, especialmente, dos grãos. Aliás, essa é a raiz etimológica das palavras “cereal” e “cerveja”, visto que a bebida feita de cevada é também uma das mais antigas na história da civilização. Constam nos registros arqueológicos que uma bebida muito semelhante à cerveja artesanal de hoje em dia era utilizada com finalidades ritualísticas desde a antiga Suméria.
Mas o principal simbolismo retratado na icônica imagem celeste é de uma jovem segurando um ramo de trigo. A brilhante e azulada Spica, a estrela Alfa da Constelação de Virgem, demarca a espiga da planta associada à fartura nas mãos da moça coletora. E é assim que a imagem da mulher rica, fértil e trabalhadora adorna o céu noturno desde tempos imemoriais. Nos primórdios da civilização, a divisão do trabalho contemplava as mulheres solteiras e em tenra idade com as atividades de colheita.
E foi assim que o signo de Virgem agregou ao seu conjunto de características, majoritariamente relacionadas ao clima desta época do ano, as ideias de esforço, disciplina e organização. Pois é com base na seleção criteriosa dos melhores frutos que a humanidade pôde se desenvolver nutrida do que há de melhor na natureza.
Nesta quarta-feira, receba o Sol virginiano honrando a nobreza que existe no seu dia a dia e naquelas atividades que acontecem de grão em grão!