O chamado Amacro, região agrícola que concentra regiões dos estados do Acre, Amazonas e Rondônia, foi duramente criticado por uma pesquisadora do Inpe, responsável publicada na Revista Nature.
A região é conhecida por ser o epicentro do desmatamento no país. Para se ter uma ideia, em 2022, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), 36% do desmatamento ocorreu na região, onde grandes áreas desmatadas têm ocupado florestas públicas não destinadas e áreas protegidas, onde o desmatamento cresceu 29% se comparado ao ano anterior. Muito acima do crescimento de toda a Amazônia, onde a porcentagem foi de 3%.
A pesquisadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa, do Inpe, Luciana Gatti, que liderou o estudo, disse ao jornal Estadão que o Amacro é um projeto que precisa urgentemente ser revisto.
“O lado oeste da Amazônia se tornou uma fonte de emissões. O projeto do Amacro (fronteira agrícola que vai formando entre Amazônia, Acre e Rondônia) que quer se tornar um Matopiba (fronteira agrícola já formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) tem que ser abandonado”, afirma. “Esse modelo econômico está falido”, completou.