O Prefeito Zequinha Lima tem sido um entusiasta da produção de café que vem crescendo nos últimos anos em Cruzeiro do Sul e nos demais municípios do Juruá.
Segundo o presidente da Coopercafé, Jonas Lima, existem hoje no Juruá cerca de um milhão e 500 mil pés de café plantados que devem garantir já em 2025 uma colheita de 38 mil sacas, o que representa um valor de mais R$ 27 milhões na economia da região. O planejamento da cooperativa é ter até 2030 dez milhões de pés de café, representando uma receita de mais de R$100 milhões de reais por safra.
Com o objetivo de fortalecer esta cadeia produtiva visando a geração de emprego e renda na região, o Prefeito Zequinha Lima vem incentivando o cooperativismo entre os produtores, de modo que pequenos, médios e grandes produtores possam se beneficiar.
“O prefeito Zequinha Lima tem prestado um apoio fundamental ao crescimento da cafeicultura na região e na formação da cooperativa. Temos que estar em cooperativa para não chegar na hora da colheita e chegar o famoso marreteiro que compra pela metade do preço”, disse o presidente da Coopercafé Jonas Lima.
No último sábado durante todo o dia, a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, tendo como parceiros o Governo do Estado do Acre, a ALEAC e a OCB/Sesccop Acre e a Coopercafé promoveu no auditório da Universidade Aberta do Brasil (UAB), no Centro de Cruzeiro do Sul um curso sobre cooperativismo para produtores e interessados em produzir café.
O curso visa capacitar os participantes sobre os fundamentos e valores do cooperativismo. O conteúdo programático prevê apresentar habilidades que vão permitir ao aluno efetuar atividades de assessoramento no processo de constituição de cooperativas, planejamento e execução de processos técnico-administrativos voltados a cooperativas de diversas modalidades e ramos.
A cooperativa que já conta com 80 associados, entre eles o próprio Zequinha Lima, recebeu a adesão de mais 34 sócios.
Longe de ser exatamente uma ‘novidade’, a produção de café tem história na região, tendo sido introduzida por Mâncio Lima. A produção de café para consumo próprio é percebida por muitos como uma tradição.
Maria Renilda, a Branca, presidente da associação de agricultores do Rio Liberdade foi uma das participantes do curso. Ela diz que o café já foi parte da produção diversificada dos ribeirinhos, mas por falta de apoio e assistência técnica, acabou esquecido.
“A ideia do café ser produzido na própria comunidade é algo que já está na nossa cultura, mas estava se acabando no tempo. Fico feliz de ver esse movimento de trazer as pessoas da zona rural para este curso que está resgatando a cultura de nossos antepassados, a nossa forma de viver lá no interior, de trabalhar com este tipo de produto que na época a gente usava o que plantava”, disse.
“Vejo que isso é de uma grande importância quando a gente vê o poder público fortalecendo a realidade do produtor rural de colocar uma atividade como esta chamar os produtores para perto e fortalecer o trabalho deles e agregando valor à produção. Nós já produzimos café, mas só para consumo mas com o cooperativismo pode se tornar uma renda em cima da realidade das comunidades para produzir economia e sustento. Chamo isso de uma sustentabilidade rural”, completou Branca.
O cooperativismo é uma ideia chave para que a produção resulte em geração de renda para todos os produtores, independente do tamanho da produção.
“É de grande importância contribuir com o crescimento da comunidade e o cooperativismo tem isso de fortalecer as cadeias produtivas para que o produtor tenha melhoria de vida. Aqui estamos trazendo para mais de 80 novos produtores que querem conhecer essa estrutura do cooperativismo para construir uma entidade de representação que possa modificar não apenas questões sociais, ambientais e de sustentabilidade” disse Emerson Gomes superintendente do sistema OCB Acre.
“Na cidade onde nasci tem um a cooperativa e lá a moeda é o que o produtor tem estocado no galpão. Dali ele faz a compra no supermercado, farmácia, posto de combustível agropecuária, agrônomo, veterinário. Todo mundo ganha: quem entrega 100 sacos de café e quem entrega 1.500”, disse o secretário estadual de agricultura Luís Tchê que defende o cooperativismo na produção agrícola.
“Ou você disciplina e organiza ou não dá certo. Para o cooperativismo dar certo tem que ter formação. O cooperativismo também é importante porque hoje temos cerca de 700 milhões de emendas do governo federal e mais 100 milhões da ALEAC e tendo as cooperativas organizadas é possível comprar equipamentos agrícolas mais barato e com menos burocracia”, concluiu o secretário.
“No Juruá já temos um milhão e 500 mil pés de café, este curso vai trazer agora 34 novos produtores, a maioria deles são pequenos produtores. Em 2025 vamos colher 38 mil sacas de café. São mais de 27 milhões de reais. Nosso planejamento para o futuro é até 2030 termos dez milhões de pés de café, que significaria uma receita de mais de 100 milhões de reais, aí sim teremos realmente uma nova classe social rural sendo que esta é uma cadeia produtiva que traz maior capacidade de geração de emprego”, concluiu Jonas Lima.
Paralelo a este trabalho, a cafeicultura no Juruá também tem aliados na bancada federal que devem destinar recursos para regularização fundiária e assistência técnica.
“É nossa pauta a regularização fundiária e o licenciamento ambiental para melhor as condições do produtor rural , solicitamos a ampliação dos recursos da Embrapa local e do Incra Acre para regularização, assentamento e para melhorar a vida do cidadão acreano”, disse o Senador Alan Rick, presente ao evento.
“O objetivo maior aqui é o fortalecimento da agricultura familiar através da cooperativa de café e depois estender para outros segmentos. Temos em Cruzeiro do Sul 400 mil pés plantados em mais de 120 áreas. Precisamos preparar este ambiente para ter estrutura para receber estes agricultores para quando der frutos. É mais uma alternativa para nossos produtores. Vamos juntar esforços federal, estadual, buscar parcerias com entidades, para termos R$1 milhão para iniciar este processo da infraestrutura em Cruzeiro do Sul”, disse o prefeito Zequinha Lima.
Devido a importância desta promissora atividade agrícola, o Governo do Estado, já sinalizou a aquisição de uma área para beneficiamento do café.
“O Juruá já se tornou uma referência na produção de café. Estamos aqui participando deste encontro de formação de cooperados em que estão sendo anunciados investimentos para dar o ponta pé inicial com o governo do estado dando o apoio na aquisição do terreno para visualizar uma indústria de beneficiamento primário ou secundário”, anunciou Assur Barbary – Secretário de Estado de Indústria.