Indígenas do Acre faturam US$ 3 milhões em NFTs com vendas de coleção digital

As obras foram expostas no clube Annabel's, em Londres, no Reino Unido

Um grupo de indígenas da etnia Yawanawá, do Acre, conseguiu captar pelo menos US$ 3 milhões com a venda de arte digital por meio de de tokens não fungíveis (NFTs), um mercado que movimenta milhões no meio digital.

As obras estão sendo expostas no clube Annabel’s, em Londres, no Reino Unido. Segundo o jornal Valor Econômico, essa é uma das maiores operações envolvendo NFTs que se tem notícia neste ano.

Obras do indígenas expostas em Londres/Reprodução

“É o projeto mais significativo e com propósito do ano”, disse o artista Refik Anadol, que é um artista turco-americano.

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Em junho, o grupo já havia exposto as obras na ilha grega de Mykonos. Chamada de “Winds of Amazonia”, a coleção é uma parceria com o artista Refik Anadol, e reúne 1.000 vídeos produzidos por meio de pinturas de dados meteorológicos. O artista conseguiu criar vídeos e animações sobre as pinturas produzidas pelos indígenas acreanos.

Produções foram feitas em parceria com um artista turco-americano/Reprodução

Todo o dinheiro arrecado está sendo transferido para os Yawanawás por meio da tecnologia blockchain, e deverá ser utilizado na aplicação de projetos para proteção e defesa do território indígena.

Povo Yawanawá no topo

Não é a primeira vez que o povo Yawanawá ganha projeção internacional. Há alguns anos, o dj brasileiro mundialmente conhecido, Alok, levou indígenas do Acre para se apresentarem na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.

Além disso, a música desse povo fez com que os festivais dos Yawanawa fossem os primeiros entre os povos indígenas do Acre a se tornarem mundialmente conhecidos. A cada evento, centenas de turistas chegam a Tarauacá e municípios vizinhos, como Cruzeiro do Sul, e acabam criando um movimento econômico que beneficia muita gente.

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