Concurso Unificado tem 5 mil vagas confirmadas; veja novos órgãos

Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos informa que Concurso Nacional Unificado já tem mais de 5 mil vagas confirmadas. Confira a lista!

— Foto: Divulgação

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) divulgou nesta terça-feira, 19, a lista de órgãos que confirmaram adesão ao Concurso Nacional Unificado (CNU) até 18 de setembro. Já são 5.151 vagas, até o momento.

Veja a tabela dos órgãos e ministérios que irão participar da seleção unificada:

Foto: Reprodução/MGI

As entidades públicas têm até o final de setembro para confirmarem a adesão ao CNU. Esse é o prazo definido pelo MGI, que está à frente da organização do CNU.

adesão ao CNU é voluntária. Isto é, cada órgão pode decidir se vai participar ou se deseja seguir com os preparativos do concurso por conta própria.

O Concurso Nacional Unificado é uma proposta do Governo Federal para centralizar as seleções autorizadas este ano. A ideia é ter um único dia de provas, no primeiro trimestre de 2024, em cerca de 180 cidades espalhadas pelo país.

O Ministério da Saúde, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e as carreiras transversais (MGI) já tinham confirmado participação.

Fonte ligada à organização do concurso unificado tinha adiantado que o IBGE e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) também estavam em negociações avançadas para a adesão.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também deve aderir ao CNU, segundo fonte. A participação deve ser formalizada nos próximos dias, após assinatura de termo junto ao Ministério da Gestão.

edital do Concurso Nacional Unificado deve ser publicado no mês de dezembro. As provas estão previstas para o primeiro trimestre de 2024.

CNPq, Funai e Fiocruz são surpresas na lista

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Fundação Oswaldo Cruz, por outro lado, são surpresas na lista divulgada pelo MGI.

O CNPq, por exemplo, já tinha contratado o Cebraspe como banca organizadora de seu próprio concurso. A autarquia, inclusive, tinha emitido um comunicado à imprensa falando que, por ter os preparativos avançados, não participaria do CNU.

Já a Funai está com o processo de escolha da banca do concurso em andamento. A comissão organizadora solicitou orçamento, em caráter de urgência, para contratação da instituição, considerando o cenário de mais de 150 mil inscritos.

Apesar de seguir com o trâmite da escolha da banca, a Funai não chegou a descartar a adesão ao CNU. No final de agosto, a Fundação informou que estava avaliando a proposta de unificação dos concursos.

Por sua vez, a Fiocruz enviou uma nota, no dia 12 de setembro, afirmando que não participaria do concurso unificado.

A Fundação Oswaldo Cruz reconheceu a importância da seleção nos moldes propostos pelo Governo Federal. Porém, por seus cargos terem muitas especificidades, tinha decidido não aderir à proposta de centralização dos concursos.

A Fiocruz, no entanto, aparece na lista de órgãos confirmados no CNU, divulgada pelo MGI.

Folha Dirigida por Qconcursos está em contato com esses órgãos para verificar a situação e confirmar se a adesão ao concurso unificado vai mesmo ocorrer, como diz o MGI.

Veja lista de desistentes do Concurso Nacional Unificado

Ao todo, o Governo Federal autorizou 8 mil vagas em concursos este ano. Diversos órgãos que receberam aval já declinaram e não participarão do concurso unificado. São eles:

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra);

Ministério da Educação (MEC) – edital já publicado;

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – edital já publicado;

Ministério das Relações Exteriores (MRE) – oficial de chancelaria – edital publicado;

Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) – banca organizadora definida;

Ministério de Minas e Energia (MME) – edital publicado;

Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) – banca contratada;

Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA);

Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);

Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa);

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea);

Banco Central (Bacen); e

Ministério da Fazenda (STN).

Como serão distribuídas as vagas do CNU

A proposta do Concurso Nacional Unificado, também chamado de “Enem dos Concursos” é que as vagas sejam distribuídas em oito blocos temáticos:

Administração e Finanças Públicas;

Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação;

Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;

Educação Ciência, Tecnologia e Inovação;

Políticas Sociais; Justiça e Saúde;

Trabalho e Previdência;

Dados, Tecnologia e Informação Pública; e

Nível intermediário.

As inscrições do CNU serão feitas no site da banca organizadora a ser contratada. A instituição também ficará responsável pela aplicação das provas.

O MGI informou que ao realizar a inscrição, primeiro, o candidato deverá escolher entre um dos blocos temáticos. Em seguida, deverá indicar seu cargo/carreira por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha.

De acordo com a planilha enviada pelo MGI, saiba como está a divisão dos órgãos por blocos temáticos, até o momento:

Administração e Finanças Públicas:

MGI – Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG);

MDIC – analista de Comércio Exterior (ACE).

Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação:

Antaq – especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários;

MGI – analista de Infraestrutura (AIE);

Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário:

(nenhum órgão confirmado, até o momento, pelo MGI);

Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação:

MCTI – analista em Ciência e Tecnologia, pesquisador, tecnologista.

CNPq – analista em Ciência e Tecnologia.

Políticas Sociais; Justiça e Saúde:

MGI – analista técnico de políticas sociais (ATPS);

Funai – indigenista especializado; cargos do PGPE;

Fiocruz – analista em gestão em saúde; pesquisador em saúde pública; tecnologista em saúde pública;

Ministério da Saúde – tecnologista;

Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) – analista técnico administrativo.

Trabalho e Previdência:

MTE – auditor-fiscal do trabalho;

Previc – analista administrativo; especialista em previdência complementar.

Dados, Tecnologia e Informação Pública:

IBGE – analista, tecnologista e pesquisador em informações geográficas e estatísticas;

MGI – analista em Tecnologia da Informação (ATI).

Nível intermediário:

IBGE – técnico em informações geográficas e estatísticas;

Funai – agente em indigenismo.

A Previc, por sua vez, solicitou que seja deslocada para o bloco temático de “Administração e Finanças Públicas”, com o qual tem maior afinidade pelas suas atribuições legais de supervisão e fiscalização das Entidades Fechadas de Previdência Complementar.

Ainda não há confirmação sobre essa mudança.

Como serão as provas do Concurso Nacional Unificado

O Concurso Nacional Unificado terá apenas um dia de provas. Os candidatos deverão responder a:

questões objetivas com matriz comum a todos os candidatos;

questões objetivas sobre Conhecimentos Específicos de cada bloco temático;

prova discursiva sobre Conhecimentos Específicos de cada bloco temático.

A aplicação das provas objetivas e discursivas será em um único turno (com 4h30 de duração).

Segundo os membros do MGI, o conteúdo programático e as disciplinas das provas só serão divulgados após o Ministério ter clareza de quais órgãos participarão do concurso unificado.

Porém, há assuntos com maior probabilidade de serem cobrados, como diversidade e inclusão, concernentes aos servidores atuais, de acordo com o MGI.

Em seguida, será realizada a avaliação de titulação acadêmica e/ou experiência profissional pregressa, se necessário para o cargo em disputa.

Os órgãos que, em seus planos de carreira, tiverem a exigência de provas específicas e cursos de formação, por exemplo, deverão realizar essas etapas adicionais.

“Nesses casos, o órgão vai ter que realizar essa fase adicional. Os cursos de formação seguirão a mesma lógica”, disse o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso.

Inicialmente, as provas do CNU estavam previstas para o dia 25 de fevereiro de 2024. Porém, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI explicou que essa data era apenas uma estimativa e que a aplicação deve ocorrer em março. As datas fechadas, segundo ele, só estarão no edital publicado.

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