O iPhone 15 foi revelado pela Apple em 12 de setembro, trazendo uma série de novos recursos. Apesar de inéditas para os modelos da Maçã, algumas funcionalidades anunciadas não são exatamente novidade para celulares que rodam Android. É o caso da entrada USB-C, presente em smartphones de marcas como Samsung, Xiaomi e Motorola há anos. O mesmo vale para o processador com tecnologia ray tracing: o recurso apareceu pela primeira vez no chip Exynos 2200, que equipa a linha Samsung Galaxy S22. Nas linhas a seguir, veja esses e outros recursos que a Apple “roubou” de celulares com Android.
1. Entrada USB-C
A entrada USB-C é padrão na maioria dos smartphones Android, e é possível encontrar modelos produzidos há mais de cinco anos com o compartimento. Apesar disso, a Apple só adotou o conector neste ano, com o iPhone 15. A mudança ocorreu para que a gigante de Cupertino pudesse se adequar à legislação da União Europeia, que exige a adoção da porta USB-C em celulares e outros eletrônicos.
A entrada USB-C oferece algumas vantagens em relação à Lightning, como maior durabilidade e a possibilidade de carregamento mais rápido. Além disso, uma vez que a maioria dos eletrônicos atuais vem com essa entrada, o usuário precisará de apenas um único cabo para todos os seus aparelhos. A entrada USB-C foi introduzida há oito anos, em 2015, com modelos da linha Le 1, da extinta LeEco.
2. Botão de ação
Entre os destaques dos modelos iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max está o botão de ação, que fica na lateral do aparelho e pode ser personalizado para que, ao ser pressionado, acione atalhos pré-programados. Entretanto, botões de atalho rápido não são exatamente uma novidade em celulares Android.
Em 2019, a Samsung introduziu o chamado “Botão Bixby” na linha Galaxy S8. O acionamento do hardware permitia abrir a assistente virtual rapidamente, mas os consumidores encontraram formas de programá-lo para que abrisse a câmera ou aplicativos, por exemplo. Vale lembrar que, em 2010, o celular BlackBerry Curve já trazia uma proposta similar com o botão trackball. O recurso do iPhone, portanto, chega 13 anos após a estreia do modelo da BlackBerry, e quatro anos após a linha Galaxy S8.
3. Processador com ray tracing
Processadores com ray tracing são uma inovação relativamente recente, mas também chegaram primeiro a celulares Android. A tecnologia, que proporciona a exibição de gráficos mais realistas em jogos, apareceu no chip Exynos 2200, presente na linha Samsung Galaxy S22. Desde então, a tecnologia chegou também aos processadores Snapdragon 8 Gen 2 e MediaTek Dimensity 9200, que equipam smartphones com o sistema do Google. Nos modelos da Apple, o recurso só surgiu este ano, no processador A17 Bionic, presente no iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max.
4. Moldura de titânio
Apesar de ainda não estar presente em muitos celulares, a moldura de titânio foi vista pela primeira vez não no evento Wonderlust, mas sim em 2017, com o smartphone Essential PH-1. O modelo, entretanto, não chegou ao Brasil, e foram poucos os que se dispuseram a importá-lo, já que não havia garantia, nem rede de assistência técnica no país.
O titânio é um material com durabilidade maior que o aço inoxidável, sendo mais resistente a arranhões e quedas, além de também ser mais leve. O fato de a gigante de Cupertino ter trocado o segundo pelo primeiro nos modelos premium pode apontar para uma tendência da indústria de celulares. Existem, inclusive, rumores que afirmam que o Galaxy S24 Ultra pode seguir os passos do modelo da Apple e trazer corpo de titânio.
5. Lente teleobjetiva
O iPhone 15 Pro Max recebeu um reforço no conjunto de câmeras com a lente teleobjetiva de 5x. Lentes do tipo, no entanto, já fazem do conjunto de um dos principais concorrentes do iPhone premium: o Galaxy S23 Ultra. O modelo top de linha da Samsung traz uma câmera teleobjetiva com zoom ótico de até 10x. As fotos são muito elogiadas pelos usuários nas redes sociais, logo, há a expectativa de que o iPhone ofereça resultados igualmente competitivos — ou até superiores.
6. Gravação no modo espacial
Outra funcionalidade nova no iPhone, mas já presente há algum tempo em celulares Android, é a gravação no modo espacial — um outro nome para gravação 3D. O recurso, que confere profundidade aos vídeos, foi lançado em smartphones com o sistema do Google há doze anos, em 2011, com o HTC Evo 3D e LG Optimus 3D. Nos iPhones 15 Pro e 15 Pro Max, quem tiver o Apple Vision Pro, headset de realidade mista da empresa, poderá utilizá-lo para ver os vídeos gravados no modo espacial com maior qualidade.