Um homem de 50 anos foi preso suspeito de estuprar e engravidar a enteada adolescente. O caso só foi descoberto após o nascimento do bebê e as investigações da Polícia Civil indicam que os abusos aconteciam há pelo menos dois anos e começaram quando a vítima tinha apenas 13 anos. A família é de Campo Alegre, mas o padrasto estava foragido e foi detido nesta sexta-feira (29) em um esconderijo no Paraná.
De acordo com o delegado Gil Ribas, o caso foi mantido em segredo pela vítima porque o abusador ameaçava que, caso ela contasse a familiares, ele iria matar a mãe dela e as irmãs menores, que inclusive são filhas dele. Os crimes eram cometidos, conforme o investigador, quando a mãe da jovem saía para trabalhar e ele ficava sozinho com ela.
A menina engravidou no final do ano passado e, após o nascimento da criança, o padrasto tentou novamente forçá-la a manter relações sexuais com ele. Foi quando ela resistiu e denunciou os abusos à família. O caso chegou à polícia em julho deste ano e, desde então, o suspeito estava foragido.
Com dificuldades em localizar o esconderijo, a Polícia Civil montou uma operação especial e identificou o paradeiro do homem. Ele foi encontrado nas primeiras horas desta manhã na chácara de um familiar no interior da cidade de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba.
Na casa, os agentes apreenderam diversos itens do suspeito, como celular e outros eletrônicos, além de roupas de cama, boné e roupas que podem conter material genético para que seja feito um exames de DNA, que servirão como provas a serem anexadas no inquérito policial.
Ele foi preso preventivamente e, nesta sexta-feira, deve ser interrogado e submetido à audiência de custódia em São Bento do Sul, onde pode ser decidida a manutenção ou revogação da preventiva.
Gil Ribas ainda diz que o bebê está com adolescente e a mãe da vítima, neste primeiro momento, não foi indiciada, mas também será investigada posteriormente.
— Estamos apurando a responsabilidade da mãe da adolescente, pois há indícios de que pudesse saber da situação, ao menos após a gravidez. Mas como o principal suspeito está preso, a responsabilidade dela será averiguada em separado, pois temos 10 dias para encerrar inquérito policial relacionado a ele — explica o delegado.