Envolvidos em rebelião no Acre são levados para presídio que recebeu Fernandinho Beira-Mar e Marcola

Informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)

Na última semana, os 14 detentos envolvidos na rebelião do Presídio Antônio Amaro Alves, em Rio  Branco, foram transferidos em um avião da Polícia Federal. A transferência ocorreu por decisão judicial e o processo é sigiloso, em segredo de justiça.

Operação de transferência dos presos ocorreu na última semana, em Rio Branco e contou com o apoio da Polícia Federal. Foto: Sejusp

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Na época, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) não havia informado o destino final dos presos. Os locais foram definidos pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Porém, nesta quarta-feira (4), a pasta confirmou ao ContilNet que os detentos foram encaminhados para a Penitenciária Federal Segurança Máxima de Mossoró, interior do Rio Grande do Norte.

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Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Foto: Governo Federal

O presídio é conhecido por abrigar membros de facções criminosas, narcotraficantes e criminosos conhecidos como Fernandinho Beira-Mar (que passou três anos no local, mas foi transferido o Mato Grosso do Sul), Cabeça Branca e Marcola (transferido ainda este ano para Brasília por determinação do ministro da Justiça, Flávio Dino).

Veja a lista dos 14 presos transferidos para o Presídio de Mossoró:

  1. Railan Silva dos Santos
  2. Selmir da  Silva almeida
  3. Cleydvar Alves de Oliveira
  4. Manoel Moreira da Silva
  5. Deibson Cabral Nascimento
  6. Francisco Altevir da silva
  7. Bertônio da Silva Lessa
  8. James Oliveira Bezerra
  9. Rogério da Silva Mendonça
  10. Paulo Roberto Araújo Campelo
  11. Cleber da Silva Borges
  12. José Ribamar Alves de Souza Filho
  13. Rosenato da Silva Araújo
  14. Gelcimar Pinto de Macedo

A rebelião

O ‘motim’ foi reconhecido pela Sejusp no dia 26 de julho de 2023, no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco. As forças de Segurança mobilizaram mais de 200 profissionais e tiveram a ajuda do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que enviou servidores da Força Nacional para ajudar na logística de contenção.

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O presídio é conhecido por abrigar criminosos sentenciados apontados como os mais graduados na escala das organizações criminosas que atuam nas ruas do Acre, e que estão em permanente conflito e guerra bélica, o chamado Bonde dos 13 e o Comando Vermelho.

Na época, a Sejusp informou que 13 detentos fizeram de refém um preso que exercia as funções de faxineiro no Bloco e um policial penal, que acabou sendo ferido no olho com um tiro de raspão. Os detentos tiveram acesso a um arsenal de 15 armas que ficavam guardadas dentro de uma sala no presídio.

Mortes e rendição dos presos

Ao entrar no complexo, a polícia confirmou a morte de cinco pessoas – sendo que três delas foram decapitadas – e a liberação de dois agentes que estavam como reféns.

Os mortos – três deles decapitados, com a cabeça seccionada do corpo provavelmente quando ainda estavam vivos, feridos e imobilizados a tiros -, são os seguintes:

– Marcos Cunha Lindozo, o “Dragão”. Apontado como o principal líder e fundador local da facção criminosa “Bonde dos 13”, que controla vários bairros da Capital e que rivaliza com os concorrentes do Comando Vermelho no controle dos territórios para a venda de drogas.

Estava preso depois de ter sido localizado em São Paulo, onde vivia após fugir, em 2017, ao ser resgatado por seus companheiros de facção em Rio Branco, quando era transportado do presídio para prestar depoimento à Justiça. Era responsável por assassinatos em Rio Branco e cumpria condenações de mais de 29 anos de prisão e respondia a outros processos sem relação aos quais não havia sido julgado ainda. Além de ter sido decepado, o criminoso teve também o coração arrancado a faca do peito.

– Francisco das Chagas Pereira, o Ozim. Também ligado ao Bonde dos 13, cumpria pena por assassinato;

– Lucas de Freitas Murici, o Pololoco. Outro fundador do Bonde dos 13. Cumpria uma pena de 29 anos de prisão, por assassinatos.

– Ricardo Vitorino de Souza, o “Ricardinho” ou “Anjo da Morte”. Matador do Bonde dos 13, Respondia mais de 15 processos por assassinatos e já respondia penas de mais de três décadas de prisão.

– Davi Olímpio da Silva, o “Mendigo”. Outro líder do Bonde dos 13, cumpria pena por assassinatos e por integrar facção criminosa.

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