O parentesco de um dos três médicos executados na madrugada desta quinta-feira (5) num quiosque da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, com uma deputada federal anti-bolsonarista, abriu um alerta de que as execuções não foram um crime comum.
Diego Ralf Bonfim, um especialista em recuperação óssea, um dos mortos, era irmão da deputada federal Samia Bonfim (PSOL-SP), uma das mais ativas parlamentares em atuação contra o bolsonarismo na Câmara, o que alertou autoridades da segurança pública de que o crime possa ser uma retaliação contra as atividades da parlamentar.
Os médicos executados eram de São Paulo. Estavam no Rio de Janeiro na companhia de médicos de todo o país participando de congresso nacional de medicina ortopédica.
Na noite de quarta para quinta-feira, após o encerramento das atividades, os médicos saíram para passear. O trio assassinado foi a Tijuca frequentar um quiosque na Praia, onde passaram a tomar cerveja. De repente, chegou ao local um grupo armado e abriu fogo contra eles.
Os três morreram na hora
A Polícia Civil do Rio de Janeiro já trabalha com a informação de que a Tijuca é um fislocais do Rio de Janeiro ainda infestado por bolsonaristas que não aceitaram a derrota do candidato Jair Bolsonaro para Lula, no ano passado. O crime, por isso, deverá ter desdobramento bramento político.